Ibovespa dispara 1,26%, com o poder dos bancos; Vale e Petrobras em baixa
2025-01-06
Autor: Carolina
Ibovespa fecha em alta
O dia foi positivo para o mercado brasileiro, com o Ibovespa fechando em alta de 1,26%, alcançando 120.021,52 pontos, com um ganho total de 1.488,84 pontos – a maior alta diária desde novembro do ano passado. O dólar comercial também apresentou desempenho favorável, caindo 1,14%, cotado a R$ 6,11.
Destaques do mercado
Os bancos foram protagonistas dessa recuperação, com destaque para o Itaú Unibanco, que subiu 4,49%, e o Bradesco, que registrou alta de 1,96%. A B3 também se destacou, aumentando 2,77%, evidenciando o otimismo entre os investidores. Essa recuperação se deu mesmo com a pressão negativa causada pelas quedas de Vale e Petrobras, que enfrentam dificuldades na bolsa devido a fatores externos, como a baixa no preço do minério de ferro na China e cotações em queda do petróleo.
Notícias internacionais
Por falar em notícias internacionais, um relatório do The Washington Post sobre possíveis tarifas moderadas de importação por parte do governo de Donald Trump, que assume a presidência dos EUA em breve, trouxe uma onda de otimismo aos mercados. Apesar da negativa de Trump sobre a reportagem, isso não impediu os índices europeus e norte-americanos de fechar em alta. O legado de ministros do governo brasileiro, como Fernando Haddad, que trouxe um recado de tranquilidade ao afirmar que não haverá mudanças no regime cambial nem aumento de impostos, também foi um fator que aliviou as preocupações dos investidores.
Contribuições do setor financeiro e comércio
O setor financeiro foi o principal responsável pela elevação do Ibovespa, mas o comércio também deu sua contribuição. Lojas Renner e Magazine Luiza, por exemplo, tiveram desfechos positivos, com altas de 3,13% e 6,23%, respectivamente.
Performance das aéreas e energéticas
Além disso, as aéreas apresentaram uma performance surpreendente, com a Azul e Gol subindo mais de 10%, acompanhando a recuperação do setor de turismo após a pandemia. Outro destaque foi a Eneva, que subiu 5,86%, na expectativa de mudanças em regulamentações que beneficiariam o setor.
Desafios econômicos persistem
Entretanto, apesar do clima um tanto favorável, o Boletim Focus indicou que a projeção para a Selic e a inflação continua a desafiar a confiança dos investidores, refletindo uma atual incerteza sobre o futuro econômico. Os dados recentes sobre a atividade do setor de serviços também apontaram uma desaceleração, com algumas empresas reportando quedas na demanda, o que pode ter impacto na recuperação econômica esperada para o Brasil em 2025. No entanto, o otimismo persiste e espera-se que novos dados econômicos desta semana ajudem a moldar as expectativas do mercado, além das reações ao novo governo nos EUA.