Escândalo revelado em um inquérito policial militar

Um inquérito policial militar (IPM) recentemente revelador trouxe à tona o envolvimento de membros da Rota, uma unidade de elite da Polícia Militar, com narcotraficantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e seus rivais. Entre os nomes mencionados estão figuras notórias do crime organizado, como Anselmo Bechelli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Cláudio Marcos de Almeida, o Django, ambos já falecidos. Outro nome mencionado é Rafael Maeda Pires, o Japa, que também já perdeu a vida durante conflitos internos entre facções.

Conexões ilícitas com a UPBus

O inquérito aponta que a UPBus, uma empresa de ônibus da zona leste de São Paulo, servia como fachada para os negócios ilícitos ligados ao PCC. Vários dos narcotraficantes citados eram acionistas da empresa, e a morte de Cara Preta em dezembro de 2021, supostamente a mando de Gritzbach, criou ondas de repercussão que culminaram nesta investigação intensa.

Ligação suspeita com a APMPGJ

O documento apura o envolvimento de um capitão da APMPGJ (Assessoria Policial Militar da Procuradoria Geral de Justiça), que serviu na Rota e tinha acesso a informações sigilosas sobre operações policiais. Embora não tenha sido diretamente citado na denúncia, o capitão possui proximidade com muitos investigados, o que levanta suspeitas sobre a integridade do trabalho policial e as relações pessoais dos envolvidos.

Investigações sobre cabos e sargentos da PM

Dentre os alvos da investigação estão também cabos e sargentos da ativa e aposentados. Um dos cabos em questão é dono do "Rota's Bar" e possui um estilo de vida incompatível com os rendimentos típicos de um policial, publicando regularmente nas redes sociais imagens em barcos e carros luxuosos. Além disso, é acusado de repassar informações críticas para narcotraficantes, enquanto outro sargento, que fez carreira em batalhões da zona leste, tumultuou ainda mais a situação ao ser implicado em conexões com o PCC.

Assassinato de Gritzbach e suas implicações

As investigações se intensificaram após o assassinato de Gritzbach, um empresário que havia contratado uma escolta de oito policiais militares para sua segurança. A polícia investiga se esses policiais falharam intencionalmente, o que poderia resultar em um novo escândalo envolvendo a segurança pública no estado.

Crise de confiança nas forças de segurança

No total, são 16 policiais militares sob investigação, questionando a lealdade e o profissionalismo daqueles que juraram proteger a população. É uma situação que pode provocar uma crise de confiança nas forças de segurança e gerar mudanças drásticas nas políticas de combate ao crime organizado em São Paulo.

O futuro das investigações

O desfecho dessa investigação pode expor ainda mais o submundo da relação entre segurança pública e crime no Brasil. Siga acompanhando as atualizações dessa história chocante!