A preservação do nosso planeta é uma missão que engloba não só os governos, mas cada um de nós como cidadãos. Nos últimos séculos, as agressões ao meio ambiente têm resultado em desastres climáticos que se intensificam a cada ano, causando milhões de mortes e prejuízos imensuráveis à agricultura e infraestrutura das cidades.

Fenômenos como inundações, secas e incêndios florestais tornaram-se cada vez mais comuns, revelando que estamos diante de uma crise ambiental sem precedentes. O Aquecimento Global e a Emergência Climática são realidades que exigem ação urgente e coletiva.

Os países signatários do Acordo de Paris têm se comprometido a reduzir suas emissões de gases poluentes, especialmente nas áreas de produção industrial, geração de energia e transporte. O reconhecimento de que precisamos zerar as emissões de CO2 até 2050 tem impulsionado políticas públicas em várias nações, principalmente entre os países do G20.

O Brasil se posiciona como um jogador importante na arena de energia renovável, com uma matriz energética composta predominantemente por fontes limpas. Atualmente, mais de 90% da sua geração de energia provém de fontes renováveis, incluindo hidrelétricas, energia solar e eólica. Para se ter uma ideia, o país já é o segundo maior produtor de etanol do mundo, com uma produção anual de 35 bilhões de litros, que é utilizado tanto no mercado interno quanto exportado.

Recentemente, durante a COP29 em Baku, o Brasil anunciou uma nova meta de redução das emissões de gases de efeito estufa entre 59% e 67% até 2035, com base nos níveis de 2005. Além disso, o Brasil se destaca por usar mais de 50% de biocombustíveis em seu transporte terrestre, um número que contrasta significativamente com a média global.

Além dos desafios da redução de emissão de carbono, o país enfrenta a crescente demanda por energia elétrica, especialmente devido ao aumento da tecnologia caminhando em direção à Inteligência Artificial e à produção de data centers. O Brasil é um destino atraente para investidores estrangeiros interessados em grandes operações bilionárias, devido à sua capacidade de energia disponível.

Com a nova legislação de sinal locacional, o país projeta uma eficiência maior na localização de novas usinas de energia, reduzindo custos de transmissão. A tecnologia de baterias estáticas de grande porte promete também oferecer a segurança energética necessária para esses empreendimentos eletrointensivos.

No contexto do uso de etanol, o Brasil dá um passo inovador ao iniciar a produção comercial de etanol de segunda geração, que pode aumentar a produção em até 50% sem expandir a área agrícola. Além disso, o etanol começa a ser considerado para transporte marítimo de longa distância e até mesmo como fonte para combustíveis de aviação sustentáveis (SAF).

Enquanto o mundo se prepara para uma transição energética, o hidrogênio verde surge como a solução do futuro, sendo produzido através da eletrólise da água. O Brasil, com vasto potencial para produção de hidrogênio, está em uma posição privilegiada para ser um líder nesse novo mercado, contribuindo significativamente para a descarbonização global.

Portanto, o futuro da geração de energia no Brasil é promissor, mas depende da implementação eficaz de políticas energéticas que respeitem e promovam a sustentabilidade ambiental. O país tem todas as condições para não apenas atender suas necessidades energéticas, mas também se tornar um exportador estratégico no cenário mundial.