O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está prestes a dar um passo importante na educação estadual ao iniciar, nesta terça-feira (29), os leilões para parcerias público-privadas (PPPs) focadas na construção e manutenção de escolas. Os serviços que serão leiloados incluem apenas atividades não pedagógicas, mantendo a responsabilidade das atividades acadêmicas sobre a Secretaria da Educação.

O ambicioso projeto Novas Escolas prevê a criação de 33 unidades de ensino, divididas em dois lotes. No primeiro lote, denominado "Oeste", 17 escolas serão construídas em 14 cidades, oferecendo 17.160 vagas para estudantes do ensino fundamental e médio. A construção dessas unidades educativas, que contará com ambientes integrados e tecnologia avançada, terá um contrato no valor de R$ 1 bilhão, e sua concessão será por um período de 25 anos.

As cidades contempladas com o primeiro lote incluem Araras, Bebedouro, Campinas, Itatiba, Jardinópolis, Lins, Marília, Olímpia, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, São José do Rio Preto, Sertãozinho e Taquaritinga. A previsão para a entrega de metade das unidades é em dois anos, com o restante até janeiro de 2027.

Em um segundo leilão, marcado para o dia 4 de novembro, às 14h, será negociado o lote "Leste", que inclui mais 16 escolas e 17.680 vagas. As cidades que receberão essas novas unidades serão Águaí, Arujá, Atibaia, Campinas, Carapicuíba, Diadema, Guarulhos, Itapetininga, Leme, Limeira, Peruíbe, Salto de Pirapora, São João da Boa Vista, São José dos Campos, Sorocaba e Suzano.

As empresas vencedoras das licitações serão responsáveis por diversos serviços, como manutenção das unidades, limpeza, vigilância, alimentação e jardinagem. O modelo de licitação adotado irá priorizar a proposta de menor custo para os serviços a serem prestados.

O governo paulista anunciou ainda a inclusão de um "verificador independente", que terá a função de monitorar e fiscalizar a qualidade dos serviços prestados, assegurando que os indicadores de desempenho sejam rigorosamente atendidos. Essa fiscalização irá avaliar a qualidade da alimentação, segurança, limpeza e infraestrutura das escolas, incluindo itens essenciais como água, esgoto, energia elétrica e gás.

Além disso, pesquisas de opinião com a comunidade escolar serão realizadas periodicamente para garantir que os serviços prestados atendam às expectativas dos alunos e seus responsáveis. Com essas medidas, o governo espera não só modernizar a infraestrutura educacional, mas também proporcionar um ambiente de aprendizado mais eficaz e inovador.