Urologistas Usam Redes Sociais para Transformar Conversas Sobre Saúde Sexual Masculina!
2024-10-29
Autor: Fernanda
Nos últimos tempos, as redes sociais se tornaram uma plataforma inovadora para que urologistas discutam temas delicados, mas de grande importância, relacionados à saúde sexual masculina. Entre as questões levantadas estão a disfunção erétil, a ejaculação precoce e a escolha do estimulante sexual mais adequado.
Utilizando ferramentas como caixinhas de perguntas nos stories do Instagram e vídeos curtos e explicativos, esses profissionais buscam envolver um número cada vez maior de homens, criando um espaço onde se sentem à vontade para discutir suas dificuldades. "Muitos pacientes têm dificuldade em procurar ajuda, por isso, a presença digital é fundamental", afirma o urologista Danilo Galante, especialista em andrologia e sexologia.
A faixa etária que mais interage com esses conteúdos gira em torno de 30 a 50 anos, um público que geralmente hesita em visitar consultórios médicos. Galante observa que as perguntas mais frequentes envolvem complicações durante a relação sexual, como a disfunção erétil e a ejaculação precoce, além de dúvidas sobre o funcionamento do corpo masculino.
Uma nova tendência que tem chamado atenção é o preenchimento peniano, um procedimento estético que promete aumentar o diâmetro do membro, atraindo até o interesse de colegas de outras especialidades. O uso de medicamentos como tadalafil, vardenafil e sildenafil para tratar a impotência sexual também está em alta nas discussões.
Eduardo Miranda, conhecido como "O Médico dos Homens", também tem engajado seus seguidores nas redes. Ele relata que há a crença de que esses medicamentos podem aumentar a performance durante atividades físicas, mas é importante esclarecer os riscos envolvidos. Miranda, que recentemente começou a abordar suas publicações de forma mais aberta e educativa, comenta sobre como muitos homens sofrem em silêncio e não encontram um espaço apropriado para abordar suas queixas.
Além de disponibilizar vídeos informativos, ele criou o curso "Máquina de Prazer", que aborda questões de saúde integral, focando não apenas na genitalidade masculina, mas também na saúde mental e emocional dos participantes. O projeto é uma resposta direta às reclamações e preocupações que ele recebe.
Matheus Martins, conhecido como "Urologista Descomplicado", também nota a dificuldade que muitos homens têm de buscar ajuda médica, muitas vezes só se aventurando a procurar um especialista quando o problema já é evidente. Suas postagens informais e interativas servem como um convite para que os homens se sintam menos constrangidos e mais propensos a esclarecer suas dúvidas, mesmo aqueles em regiões remotas que não têm acesso fácil a um urologista.
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que homens a partir dos 50 anos realizem exames regulares, especialmente para avaliar a saúde da próstata, e que aqueles com histórico familiar de câncer de próstata devem começar esse acompanhamento ainda antes, aos 45 anos.
Embora a informação seja vital, a SBU ressalta que nada substitui uma consulta médica presencial e que os conteúdos online não podem ser considerados diagnósticos. Além disso, a instituição alerta contra os perigos da automedicação e do tipo de publicidade sensacionalista que pode desinformar.
Conforme orientações do Conselho Federal de Medicina (CFM), o conteúdo médico nas redes sociais deve sempre ter um caráter educativo e ser pautado pela ética e pela evidência científica. No entanto, sempre que houver dúvidas sobre a qualificação de um profissional, a SBU recomenda que se verifique o cadastro no CRM ou RQE do especialista.
É importante que os homens se sintam encorajados a discutir assuntos que costumam ser tabu, e as redes sociais podem ser uma excelente ferramenta para facilitar esse diálogo. Com o avanço da tecnologia e a crescente aceitação sobre a saúde masculina, novas possibilidades de tratamento e suporte continuam emergindo, lembrando sempre da importância de consultar especialistas qualificados para informações precisas.