Mudança Radical na Extração de Urânio

Prepare-se para uma revolução no setor energético! O governo brasileiro está prestes a lançar um decreto que regulamentará a extração privada de urânio, uma mudança que promete agitar o cenário energético do país.

O Que Está por Trás do Decreto?

A nova norma, que deve ser publicada até o início de novembro, vem na esteira da aprovação da lei n° 14.514 de 2022 e será acompanhada pela política nacional de minerais críticos, desenvolvida pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Com isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe esperam impulsionar a energia nuclear como uma fonte limpa e eficaz na luta contra a poluição.

Modelo de Partilha Semelhante ao Pré-Sal

A proposta inclui a criação de um sistema de partilha, inspirado nos contratos de petróleo e gás do pré-sal. Isso significa que as empresas interessadas precisarão ser habilitadas previamente para garantir que possuem os requisitos técnicos e econômicos necessários para investir na extração em colaboração com a INB (Indústrias Nucleares do Brasil), que mantém o monopólio sobre o urânio.

O Futuro da Energia Nuclear no Brasil

Com a previsão de uso do urânio extraído em usinas nucleares no mercado interno, a ideia é fortalecer ainda mais a infraestrutura energética do Brasil. Vale destacar que a possibilidade de exportação não está em pauta, em linha com os compromissos do país em relação ao não-proliferação de armas nucleares.

O Brasil e Suas Riquezas em Urânio

Com a sexta maior reserva de urânio do mundo, o Brasil possui cerca de 276.800 toneladas já identificadas. Contudo, é importante ressaltar que apenas uma fração do território nacional foi explorada nas décadas de 1970 e 1980. A nova mapeação pode revelar um potencial ainda maior.

Uma Nova Era para a Indústria de Urânio

Atualmente, a INB controla 10 reservas de urânio em oito estados, que ainda dependem de licenciamento. A proposta do governo visa substituir o Programa Pró-Urânio da INB, com a meta de expandir a produção nacional para até 7.000 toneladas por ano. Essa nova abordagem permitirá selecionar parceiros privados para desenvolver projetos de exploração, dinamizando o setor e garantindo um futuro mais energético e sustentável para o Brasil.