O governo brasileiro convocou uma reunião extraordinária do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) para esta quinta-feira (9/1), com o objetivo de debater mudanças nas taxas de juros aplicadas ao crédito consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A discussão se intensifica em meio a uma batalha judicial em curso, onde os bancos questionam no Supremo Tribunal Federal (STF) o teto estipulado para as taxas de juros do crédito consignado. Eles argumentam que os reajustes nas taxas têm impactado negativamente a disponibilidade de crédito. A recente alta da taxa básica de juros, a Selic, que subiu de 11,25% para 12,25% ao ano, teve uma repercussão significativa no setor, levando a muitos a ponderar que a Selic pode atingir até 14,25% ao ano até março, conforme aponta a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Este cenário preocupa aposentados e pensionistas, que dependem do crédito consignado, uma modalidade que permite o desconto direto das parcelas de seus benefícios. Atualmente, os segurados podem comprometer até 45% de sua renda mensal com esse tipo de crédito—sendo 35% destinados a empréstimos pessoais, 5% para cartões de crédito e 5% para cartões de benefício.

Os bancos alegam que, devido ao teto máximo estabelecido pelo governo, estão enfrentando dificuldades para ajustar suas ofertas e, dessa forma, reduziram a disponibilização de crédito para essa faixa da população.

A reunião de hoje será decisiva não apenas para os aposentados e pensionistas, mas também para o futuro do sistema financeiro brasileiro, pois pode impactar diretamente as condições de crédito no país. Especialistas já alertam que mudanças significativas podem ser necessárias para equilibrar a saúde financeira do governo e as necessidades dos beneficiários do INSS.

Com as flutuações no cenário econômico e os desafios que se aproximam, todos os olhos estarão voltados para as deliberações que sairão dessa importante reunião. Fique atento para as atualizações!