A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, não hesitou em criticar a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que barrou uma Medida Provisória vital para a indústria naval do Brasil. Em uma postagem nas redes sociais, ela acusou a suspensão da MP de ser "um tiro na indústria naval brasileira" e apontou que a decisão resultará em uma perda significativa, estimada em R$ 2,4 bilhões, além de R$ 824 milhões em tributos indiretos.

Gleisi destacou que a Medida Provisória, editada em agosto, era um passo importante para o fortalecimento do setor naval e para a criação de empregos. A proposta previa a construção de 15 novos navios-tanque de médio porte, que seriam fundamentais para a cabotagem de petróleo e seus derivados ao longo das costas brasileiras. Segundo a deputada, essa decisão foi provocada por Ciro Nogueira, ex-ministro do governo Bolsonaro, que, segundo ela, continua a sabotar o país mesmo após perder as eleições.

"Estamos diante de um retrocesso que pode deixar o Brasil ainda mais dependente da importação de serviços e produtos que poderíamos facilmente produzir aqui. A indústria naval é crucial para o desenvolvimento econômico e estratégico do Brasil", declarou Gleisi.

Com a situação atual, especialistas alertam que essa paralisação pode afetar também não só os empregos diretos, mas toda a cadeia produtiva relacionada ao setor naval, abrangendo desde a construção até os serviços de manutenção e fornecimento de peças. Há um clamor por unidade entre os setores da economia para reverter essa situação, que muitos veem como um obstáculo ao avanço e à autossuficiência do Brasil na produção naval.