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Diretor da Tesla na Alemanha Justifica Visitas a Funcionários em Licença Médica: Entenda a Controvérsia!

2024-09-27

Um diretor da Tesla na Alemanha, André Thierig, defendeu a polêmica decisão da empresa de enviar gerentes para as residências de trabalhadores que estão em licença médica de longo prazo. Isso foi feito para verificar cerca de 20 funcionários que, segundo informações do jornal britânico The Guardian, estiveram afastados nos últimos nove meses e continuaram recebendo seus salários.

Thierig argumenta que tais visitas são uma prática comum na indústria e têm como objetivo "apelara à ética de trabalho dos funcionários". Contudo, essa ação provocou indignação entre os membros do sindicato IG Metall, que representa parte dos 12 mil trabalhadores da gigafábrica de Berlim.

O sindicato acusou a Tesla de criar um ambiente de trabalho hostil, com jornadas "irracionalmente" longas e pressão para que funcionários doentes continuem trabalhando. Muitos colaboradores saudáveis também enfrentam sobrecarga de trabalho, exacerbada por um histórico preocupante em saúde e segurança na fábrica.

As taxas de licença médica na unidade da Tesla frequentemente ultrapassam os 15%, algo que o sindicato atribui a um ambiente de "cultura do medo" que afeta o bem-estar dos trabalhadores. Em resposta, Thierig indica que alguns empregados podem estar explorando as leis de proteção ao trabalho da Alemanha, notando um aumento de 5% nas solicitações de licença às sextas-feiras e durante turnos noturnos.

Adicionalmente, Thierig destacou que entre os 1.500 trabalhadores temporários da fábrica, que enfrentam condições semelhantes, a taxa média de absentismo por doença é de apenas 2%.

O diretor mencionou que a empresa identificou cerca de 200 funcionários que, apesar de estarem afastados, continuam sendo pagos e apresentam atestados médicos a cada seis semanas. Essa situação levanta questões sobre a eficiência das políticas de saúde e segurança no local de trabalho e a necessidade de um diálogo mais aberto entre a empresa e seus colaboradores.

Essa controvérsia também se insere em um contexto mais amplo de debate sobre as práticas de trabalho em empresas de tecnologia e automóveis, especialmente no que diz respeito ao bem-estar dos funcionários e suas condições de trabalho. Enquanto a Tesla busca acelerar sua produção e expandir sua presença global, a pressão sobre os trabalhadores para manterem altos níveis de rendimento pode ter consequências sérias.