Gestante flagra outra perdendo sangue e denuncia demora alarmante em hospital público
2024-12-25
Autor: João
No dia 11 de dezembro, gestantes passaram por uma experiência angustiante no Hospital Materno Infantil da Serra, em Laranjeiras. Vídeos chocantes enviados à equipe do Serra Noticiário mostram uma gestante, em estado crítico de sangramento, supostamente devido a um aborto, aguardando ajuda médica sem a assistência necessária no momento mais crucial de sua vida.
Desespero nas filas do Hospital Materno Infantil
Uma das gestantes que estava no local, residente de Serra Dourada III e responsável pelas gravações, relatou ter aguardado por cerca de quatro horas antes de receber atendimento. Nos vídeos alarmantes, é visível uma mulher em pé no corredor, chorando e em sofrimento extremo, enquanto a situação se deteriora. Conforme descrito pela gestante em questão, a mulher em risco estava prestes a perder o bebê.
Outro vídeo revela uma fila de pacientes composta majoritariamente por grávidas que expressam dor e desconforto, completamente abandonadas, com poucos ou nenhum profissional de saúde à vista para socorrê-las.
A denunciante afirma que a unidade estava gravemente desfalcada de médicos, o que ocasionou filas intermináveis e um verdadeiro caos na área de espera. Ela mencionou que, diante da péssima situação, considerava a possibilidade de buscar atendimento em Vitória, a capital do estado.
De acordo com seu relato, as imagens foram capturadas no início da tarde, mas ela só obteve assistência por volta das 15 horas. “Fui atendida somente porque a menina sangrou no corredor. Os médicos demoraram a descer, mas quando finalmente vieram, atenderam todos com rapidez, devido ao escândalo que a mãe da gestante estava fazendo”, contou.
Revelações sobre a gestão do hospital
Após o incidente, em 12 de dezembro, a redação do Serra Noticiário entrou em contato com a Prefeitura da Serra e com a Secretaria de Saúde, buscando esclarecimentos acerca da situação alarmante enfrentada por essas gestantes. A reportagem questionou se as autoridades estavam cientes desse grave problema e se o número de médicos disponíveis era suficiente para atender à demanda.
No entanto, apenas em 23 de dezembro, mais de uma semana após as perguntas, a Prefeitura divulgou uma nota pública. Na comunicação, negaram as alegações de demora no atendimento, afirmando que uma das pacientes chegou ao hospital às 13h23 e foi admitida em apenas 19 minutos, recebendo todo o suporte médico necessário para seu quadro de abortamento.
A nota da Prefeitura da Serra declara: “A Santa Casa de Misericórdia de Vitória, que gerencia o Hospital Municipal Materno Infantil, informa que os profissionais estavam presentes e em número adequado na data do ocorrido. A paciente foi devidamente atendida, e a alta foi concedida no dia seguinte.”
A luta por soluções efetivas
Essas graves alegações levantam um questionamento importante sobre a qualidade do atendimento nos serviços de saúde pública, especialmente em um hospital que deveria ser um refúgio seguro para gestantes. O Serra Noticiário irá continuar monitorando o caso de perto, na esperança de que medidas imediatas sejam tomadas para evitar que outras gestantes passem pelo mesmo tipo de sofrimento e desespero. Novas atualizações devem ser aguardadas em breve.