O Ministério da Defesa da Polônia tomou a drástica decisão de demitir um general de alta patente, Artur Kengwczynski, após o escândalo das minas antitanque desaparecidas. A notícia foi divulgada pelo jornal polonês Onet e gerou grande repercussão na mídia mundial.

O incidente ocorreu em julho do ano passado, quando um carregamento de 1.000 toneladas de equipamentos militares, incluindo minas terrestres antitanque, estava sendo transportado de Hainoufka, nas proximidades da fronteira com a Bielorrússia, para a cidade de Mosty, na costa do Báltico. Após o transporte, cinco pedestais carregados com essas minas foram relatados como desaparecidos.

A investigação militar revelou que as 240 minas perdidas foram encontradas dias depois em um depósito da loja de departamentos IKEA, localizada na cidade de Orla, próxima a Hainoufka. A suspeita é que as minas que não foram descarregadas em seus destinos tenham sido remanejadas pelo país por meio de cargas ferroviárias.

Além da demissão do general, a promotoria polonesa está investigando quatro soldados em atuação, que podem enfrentar sérias consequências legais, incluindo a possibilidade de até cinco anos de prisão por abandono de emprego.

Esse incidente levanta preocupações sobre a segurança e a integridade das operações militares na Polônia, especialmente em um momento em que o país busca fortalecer sua defesa devido ao aumento das tensões na Europa Oriental.

A sociedade polonesa se pergunta: como é possível que minas antitanque acabem em uma loja de departamentos? O episódio não apenas mancha a imagem das Forças Armadas polonesas, mas também coloca em evidência a necessidade urgente de melhorias nos protocolos de segurança e transporte de equipamentos militares.