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FMI Reavalia Cenário Econômico do Brasil: Dívida Pública em Alta e Equilíbrio Fiscal Somente em 2027!

2024-10-23

Autor: João

Revisão das Projeções do FMI

Recentemente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou suas projeções para a economia brasileira, piorando as expectativas em relação ao déficit primário e à evolução da dívida pública para os próximos anos. Em um relatório publicado nesta quarta-feira (23), o FMI adiou a previsão de equilíbrio nas contas do governo em um ano, apesar de uma leve melhora na projeção do déficit para 2024, que caiu de 0,6% para 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

Mudanças nas Expectativas Fiscais

Em abril, no último Monitor Fiscal, a previsão era de um déficit de 0,3% para 2025, com um equilíbrio fiscal a partir de 2026. No entanto, essa projeção mudou, e o FMI agora estima um resultado negativo de 0,7% em 2025 e 0,6% em 2026, com o superávit sendo adiado para 2027, quando deve alcançar 0,1%.

Dívida Pública em Ascensão

Essas previsões se mostram mais pessimistas comparadas às do Ministério da Fazenda, que prometeu zerar o déficit no próximo ano. Além disso, o FMI revisou suas estimativas para a dívida bruta do Brasil, que deve subir de 86,7% do PIB em 2023 e 89,3% em 2025 para 87,6% e 92%, respectivamente. O relatório sugere que a dívida continuará a crescer, atingindo 97,6% do PIB em 2029, um aumento significativo em relação às estimativas anteriores.

Fatores Contribuintes

O momento atual, segundo o FMI, reflete os efeitos dos estímulos fiscais durante a pandemia, juntamente com conflitos regionais e instabilidades nos mercados de alimentos e energia. A previsão global indica que a dívida pública mundial pode ultrapassar a marca de US$ 100 trilhões até o final deste ano e alcançar os 100% do PIB na próxima década.

Mudanças Necessárias na Política Fiscal

No entanto, a entidade ressalta a importância de os governos implementarem mudanças significativas na política fiscal. Para o FMI, o aumento de impostos indiretos, a otimização de isenções fiscais e a ampliação das bases tributárias são caminhos a serem explorados pelas economias emergentes. Por outro lado, esforços para reduzir despesas públicas, como a racionalização de folhas de pagamento e a eliminação de subsídios a combustíveis, também são recomendados.

Perspectivas de Crescimento Econômico

Em um horizonte positivo, o FMI revisou para cima as previsões de crescimento da economia brasileira, prevendo um avanço de 3% em 2024 e 2,2% em 2025. Essas cifras foram ajustadas em relação a relatórios anteriores, refletindo um certo otimismo em meio a um cenário desafiador.

Conclusão e Alerta

Embora a situação fiscal do Brasil exija atenção e ação imediata, o FMI frisa que planos fiscais claros e estruturados são cruciais para garantir a estabilidade macroeconômica e reduzir a incerteza sobre as políticas fiscais futuras. Este é um alerta não apenas para o Brasil, mas para diversos países que enfrentam pressões semelhantes. As medidas que não forem tomadas agora poderão levar a ajustes ainda mais difíceis no futuro. Como ficará a economia brasileira em meio a essas concepções? A resposta poderá definir o desenrolar dos próximos anos!