Na noite da última segunda-feira (20), a Secretaria de Licenciamento e Urbanismo (Smul) de São Paulo emitiu um alvará temporário que permite a realização da final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, a famosa Copinha, no estádio do Pacaembu, marcada para o próximo sábado (25). Apesar da nova arena ainda estar em fase de conclusão, a autorização permite a presença de até 20 mil torcedores, bem abaixo da expectativa inicial de 26 mil, estipulada pela Federação Paulista de Futebol (FPF).

O novo Pacaembu, já com o Auto de Vistoria dos Bombeiros (AVCB) válido, atende aos requisitos de segurança exigidos pela FPF. Porém, ainda falta o “termo de aceite da obra”, que certifique que a reforma foi totalmente finalizada conforme o contrato assinado com a Concessionária Allegra Pacaembu em 2019.

Para o evento, os espaços disponíveis para os espectadores são: - Arquibancada Oeste: 4.982 pessoas - Camarotes Oeste: 506 pessoas - Arquibancada Leste: 5.924 pessoas - Camarotes Leste: 156 pessoas - Arquibancada Norte: 8.432 pessoas

Vale ressaltar que o alvará emitido é válido apenas para a final da Copinha. Para as partidas programadas do Campeonato Paulista de 2025, um novo alvará temporário ou definitivo será necessário.

Com a aproximação da reinauguração do Pacaembu, prevista para o final de janeiro, a expectativa é alta não apenas para os jogos da Copinha. Outras partidas já estão agendadas, incluindo Portuguesa x São Paulo no dia 29 de janeiro e Santos x São Paulo no dia 1 de fevereiro. O retorno do Pacaembu representa uma grande esperança para os torcedores, após anos de reformas e discussões sobre a revitalização do icônico estádio.

Entretanto, é importante mencionar que a gestão do contrato com a Allegra Pacaembu enfrenta desafios. Ao que tudo indica, o aceite definitivo da obra está atrasado devido a intervenções adicionais que não foram documentadas adequadamente e que podem complicar a regularização da situação. O antigo gestor do contrato foi transferido sem que uma nova liderança assumisse, gerando uma lacuna na fiscalização necessária para a finalização das pendências. Isso cria um clima de incerteza e levanta questionamentos sobre a responsabilidade e a transparência na administração pública, principalmente em um projeto de tamanha magnitude e relevância para a cidade e seus habitantes.

A nova gestão da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, sob o comando de Rogério Lins, ainda não se manifestou claramente sobre esses desafios, levantando preocupações entre os stakeholders e a população em geral. A expectativa agora é que, nos próximos dias, as autoridades consigam garantir que tudo esteja pronto para a festa do futebol que é a final da Copinha, mantendo a segurança e a satisfação dos torcedores.