Tecnologia

Field: A Nova Gestora que Está Revolucionando o Agro no Brasil

2025-01-22

Autor: Gabriel

A Field, gestora emergente sob a bandeira da Buriti, está apostando com tudo em fundos voltados para o agronegócio. “Havia uma demanda enorme nesse setor, e percebemos que existia espaço para uma gestora com expertise no agro, capaz de entender os diferentes ciclos de produção e as particularidades desse tipo de crédito”, afirma Varejão, uma das figuras centrais da nova empresa.

O empresário Tertuliano, agora CEO da Field, atuou por oito meses para consolidar a nova gestora, realizando intensas negociações e definindo estratégias. Embora a avaliação de crédito e a prospecção de operações sejam independentes, a Field se beneficia das estruturas de compliance, jurídico e tecnologia já existentes na Buriti.

Com uma sólida carreira no setor bancário, Tertuliano passou por instituições renomadas como Bradesco e Unibanco, mas se aprofundou no agro ao trabalhar no banco Fibra. Ele foi fundamental na estruturação de setores de crédito em bancos como Brave e Banco Votorantim. Em meio a um cenário delicado, com uma onda de recuperações judiciais e desafios enfrentados pelos Fiagros, Tertuliano observa: “Quando começamos as conversas com a Buriti, o setor não estava tão problemático como agora. Contudo, o agronegócio é um setor resiliente, sempre passando por ciclos, e continuará sendo uma parte vital da economia brasileira.”

Atualmente, a Field enxerga oportunidades mesmo em meio à crise e pretende explorar sua rede de relacionamentos com empresas e investidores consolidados no mercado. “Nós não concedemos crédito diretamente à indústria do agro, mas gerenciamos fundos para empresas do setor que precisam antecipar recebíveis e negociar duplicatas”, explica o CEO.

Seu primeiro FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) foi estruturado em dezembro, em parceria com a Cibra Fértil, uma das maiores empresas de fertilizantes do Brasil, com um valor de R$ 200 milhões. Até agora, a Field possui FIDCs em operação somando R$ 400 milhões, com outros dois em estruturação que devem totalizar R$ 550 milhões até o final do trimestre. A meta ambiciosa é alcançar R$ 1 bilhão até o fim do ano, enquanto a Buriti almeja chegar a R$ 3,5 bilhões.

O investimento mínimo para um FIDC proprietários gira em torno de R$ 20 milhões, mas o valor médio tem sido 10 vezes maior que isso, atraindo investidores institucionais que frequentemente investem tanto em fundos de recebíveis quanto em focados no agro.

Um novo movimento da Field pode incluir a entrada no varejo no segundo semestre do ano, com o lançamento de um Fiagro. “Atualmente, não faz sentido, mas no final do ano e início de 2024, especialmente após a safra de soja e milho, acredito que veremos uma estabilização no mercado”, conclui Tertuliano, juntamente com a expectativa otimista de um setor que, apesar das adversidades, continua a oferecer oportunidades para investidores dispostos a mergulhar no potencial do agronegócio brasileiro.