Introdução

O presidente da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, André Corrêa do Lago, destacou nesta terça-feira (21 de janeiro de 2025) que a recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país do Acordo de Paris, um tratado internacional destinado a reduzir as emissões de gases poluentes, terá um "impacto significativo" na preparação do evento, que ocorrerá em novembro em Belém (PA).

As Consequências da Retirada dos EUA

O secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está avaliando as consequências das decisões de Trump, que foram anunciadas na segunda-feira (20 de janeiro), após sua volta à Casa Branca.

Impacto na Cúpula Climática

Em resposta a perguntas sobre o possível esvaziamento da cúpula climática, Corrêa do Lago disse que a decisão de Trump é "soberana", mas que existem formas de contornar sua ausência. "Canais permanecem abertos, mas não há menor dúvida de que é um anúncio político de grande impacto," constatou.

O Papel dos EUA nas Discussões Climáticas

Ele também enfatizou a importância dos EUA nas discussões climáticas, uma vez que o país não só é a maior economia do mundo, mas também um dos maiores emissores de gases do efeito estufa. "Os Estados Unidos têm trazido muitas inovações tecnológicas para combater as mudanças climáticas," acrescentou, ressaltando que estados e cidades da América do Norte continuam a se envolver no debate.

Críticas às Decisões de Trump

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi uma das primeiras a criticar publicamente Trump, afirmando que suas declarações contradizem a política baseada em evidências científicas e ignoram a realidade dos eventos climáticos extremos. Silva expressou sua preocupação com o fim do Green New Deal e a priorização de combustíveis fósseis sobre iniciativas de energia limpa.

Reações do Itamaraty

A embaixadora Maria Laura da Rocha, secretária-geral do Itamaraty, minimizou as declarações de Trump sobre a independência dos EUA em relação ao Brasil, afirmando que o importante é avaliar as decisões do novo governo americano. "Temos fé que tudo vai dar certo," disse a embaixadora, tentando acalmar as preocupações.

Desafios para o Brasil

Além disso, o Brasil enfrentou atrasos na escolha de sua representação na COP em comparação ao Azerbaijão, sede da COP29. Enquanto isso, o governo do Azerbaijão já havia escolhido seu presidente da COP29, demonstrando a necessidade de maior agilidade nas preparações do Brasil.

Expectativas para a COP30

Com menos de um ano para a realização da COP30, a pressão e a expectativa aumentam. Será que o Brasil conseguirá liderar um diálogo construtivo sobre o clima, mesmo sem a participação dos EUA? O futuro do planeta pode depender disso!