Na tarde desta quarta-feira (8/1), uma série de explosões no Centro de Belo Horizonte resultou em ferimentos graves para um funcionário de uma empresa terceirizada da Prefeitura. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, onde está em estado gravíssimo. Outras três pessoas também ficaram feridas, mas sofreram queimaduras mais leves, segundo informações do Corpo de Bombeiros.

As chamas foram geradas pelo rompimento de uma rede elétrica de alta tensão da Cemig, nas proximidades da Avenida Álvares Cabral e da Rua Espírito Santo. Inicialmente, houve suspeitas de que um gasoduto tivesse sido atingido, mas essa hipótese foi rapidamente descartada pelos bombeiros. Testemunhas relataram momentos de pânico ao ver chamas saindo de uma boca de lobo, seguidas de um barulho posteriormente descrito como uma explosão.

É importante destacar que o local do acidente já estava sinalizado com advertências sobre a presença de redes elétricas subterrâneas e o risco associado a escavações. Ainda assim, o Sargento Miranda, dos bombeiros, elucidou que os trabalhadores estavam realizando uma obra de manutenção na rede pluvial e, durante o processo, acabaram atingindo um cabeamento elétrico subterrâneo, causando o curto-circuito.

A Prefeitura de Belo Horizonte expressou seu pesar em relação ao acidente e informou que todas as vítimas foram prontamente atendidas em unidades de saúde. Das quatro pessoas feridas, duas estão em estado grave e as outras duas com queimaduras mais brandas. O acidente ocorreu durante a interligação de bocas de lobo, uma ação planejada para melhorar a drenagem de águas pluviais e prevenir alagamentos, conforme a administração municipal.

Apesar da gravidade do incidente, informações adicionais revelam que a obra era uma intervenção de rotina e já estava prevista para ser concluída no dia seguinte. O capitão dos bombeiros que estava no local sublinhou que não se tratou de uma explosão no sentido tradicional, mas sim de um estouro resultante de um curto-circuito, que gerou um clarão e incêndio.

A Cemig, por sua vez, reafirmou que não houve um curto-circuito em si, mas sim uma perforação acidental no cabeamento elétrico que causou as chamas e ferimentos nos trabalhadores. O incidente traz à tona a necessidade de um maior cuidado e atenção nas obras realizadas urbanas, principalmente em áreas com infraestrutura complexa.