Neste sábado (2), o exército de Israel declarou que executou Nasser Brigade, líder da divisão de foguetes do Hezbollah, no sul do Líbano. Segundo informações oficiais, Brigade teria sido um responsável direto por uma série de ataques a território israelense desde o início dos conflitos em 8 de outubro de 2023.

Recentemente, a tensão entre as forças israelenses e o Hezbollah aumentou drasticamente, colocando em xeque as esperanças de um cessar-fogo. Neste mesmo dia, um ataque a partir do Líbano resultou em 11 feridos em uma cidade da região central de Israel, com uma casa sendo atingida. Moradores relataram cenas de desespero, com crianças e mulheres em pânico. Qasim Mohab, um residente da cidade de Tira, descreveu a situação: "Conseguimos evacuar e resgatar aqueles que estavam na casa, e graças a Deus, ninguém morreu."

Além disso, um ataque israelense atingiu um posto de fronteira em Al-Qaa-Jousieh, entre o Líbano e a Síria, o que marca o segundo bombardeio na região em menos de uma semana. De acordo com um funcionário da ONU, estruturas humanitárias foram afetadas, exacerbando ainda mais a crise humanitária na região.

Informações adicionais apontam que o posto de fronteira, crucial para o fluxo de refugiados que fogem da guerra entre Israel e Hezbollah, foi alvo de ataques pelo menos duas vezes desde 25 de outubro.

No início do dia, a agência nacional de informação libanesa (NNA) relatou o sequestro de um libanês em Batrun, uma cidade a cerca de 50 km de Beirute. A NNA informou que uma força militar desconhecida desembarcou na costa e sequestrou o homem, que estava em treinamento no Instituto de Ciências Marinhas e Tecnológicas (Marsati).

Em um cenário ainda mais trágico, o Ministério da Saúde do Líbano anunciou que 52 pessoas foram mortas em ataques israelenses em várias cidades, especialmente na região de Baalbek, famosa por suas ruínas romanas.

Desde o início do conflito, o Hezbollah, apoiado pelo Irã, começou a disparar foguetes contra Israel em apoio ao Hamas, um dia após os ataques devastadores de 7 de outubro de 2023, que resultaram na morte de 1,2 mil pessoas e 251 sequestradas.

Os números são alarmantes: até agora, mais de 43 mil palestinos foram mortos durante a ofensiva israelense em Gaza, enquanto a contagem de vítimas no Líbano chega a pelo menos 2,8 mil, de acordo com atualizações do ministério da saúde local. Em território israelense e em áreas ocupadas, o número de mortos em função dos ataques do Hezbollah é de 71 pessoas, conforme relatam as autoridades.

Com os bombardeios em intensidade crescente, a situação na região continua a se deteriorar, deixando um rastro de destruição e luto.