Um novo e revolucionário exame de sangue está mostrando grande potencial para prever quais pacientes com câncer de próstata metastático têm melhores chances de resposta ao tratamento e maior tempo de sobrevivência. Nessa fase avançada, a doença já se espalhou para outras partes do corpo, como ossos e linfonodos, tornando a cura muito mais desafiadora. Os resultados do teste foram recentemente publicados na renomada revista JAMA Network Open.

Esse inovador exame permite que médicos identifiquem quais pacientes poderiam se beneficiar de tratamentos mais agressivos ou de novas opções terapêuticas, além de selecionar aqueles que poderiam participar de ensaios clínicos experimentais. Segundo os pesquisadores, essa ferramenta poderá distinguir entre os que devem continuar com o tratamento padrão e os que poderiam responder melhor a medicamentos ainda em avaliação.

Atualmente, o câncer de próstata é tratado com cirurgia, radioterapia e medicamentos, mas quando atinge o estágio metastático, requer abordagens sistêmicas para prolongar a vida do paciente. Embora existam biomarcadores que ajudam a indicar a resposta ao tratamento, as opções de exames continuam limitadas.

A pesquisa recém-publicada fez descobertas significativas relacionadas às células tumorais circulantes (CTCs), que são células cancerígenas que se desprendem do tumor primário e circulam no sangue. Medir essas células mostrou ser uma maneira eficaz de prever a resposta ao tratamento e as perspectivas de sobrevivência. Este é o primeiro estudo que analisa o uso de contagens de CTCs em fases iniciais do câncer de próstata metastático.

De acordo com Amir Goldkorn, principal autor do estudo, até agora não havia sido avaliado se as contagens de CTC poderiam predizer o tempo de vida de um homem diagnosticado com câncer de próstata metastático. Os resultados revelaram que pacientes com altas contagens de CTCs apresentaram tempos de sobrevida significativamente menores e riscos mais elevados de mortalidade. **Incrível!** Esses dados podem ajudar a salvar vidas ao proporcionar um tratamento mais personalizado.

O teste, denominado CellSearch, já está disponível nos Estados Unidos e pode rapidamente identificar quais pacientes têm pouca resposta ao tratamento padrão. Isso não apenas otimiza a abordagem terapêutica, mas também minimiza a exposição a tratamentos ineficazes.

Como foi realizada a pesquisa?

A investigação fez parte de um ensaio clínico de fase 3 da SWOG Cancer Research Network, que recebeu financiamento do National Cancer Institute (NCI). O estudo analisou amostras de sangue de 503 pacientes com câncer de próstata metastático. Ao utilizar a plataforma CellSearch no Norris Comprehensive Cancer Center, os pesquisadores puderam detectar e contar as células tumorais presentes no sangue, empregando esferas imunomagnéticas que se ligam às CTCs para uma análise detalhada.

Os dados foram impressionantes: pacientes com cinco ou mais CTCs estavam 3,22 vezes mais propensos a falecer durante o estudo, além de enfrentarem um risco 2,46 vezes maior de progressão da doença. Também apresentaram níveis alarmantes na resposta ao antígeno prostático específico (PSA), um marcador fundamental no monitoramento do tratamento.

Impressionantemente, as análises revelaram que homens com cinco ou mais células tumorais circulantes tinham uma sobrevida mediana de apenas 27,9 meses, em comparação com 56,2 meses para aqueles com até quatro CTCs, e incríveis 78 meses para os que não apresentavam células tumorais circulantes. Esses achados deixam claro que uma alta contagem de CTCs está associada a uma menor sobrevida e mais rápida progressão da doença.

Essa descoberta pode mudar a maneira como o câncer de próstata metastático é tratado, permitindo um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais eficaz. Não perca as próximas novidades sobre avanços na medicina e saúde!