Prefeito de Fortaleza Defende Críticas à Situação Financeira

Em uma declaração polêmica, o prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), abordou o esperado reajuste salarial dos servidores públicos, destacando que o pedido de pagamento retroativo é 'inviável'. O petista apontou a realidade financeira delicada que encontrou ao assumir a Prefeitura como um dos motivos para essa posição.

Transparência nas Negociações

Evandro expressou respeito pelas reivindicações dos servidores, porém enfatizou que não irá tomar decisões irresponsáveis que possam prejudicar a população em geral. Em sua entrevista ao O POVO, ele detalhou que a proposta de reajuste atual é de 4,83%, mas que a Prefeitura não tem condições de arcar com um retroativo.

Condições da Proposta de Reajuste

O prefeito relatou que a negociação inicial previa dividir o reajuste: uma parte seria paga em junho e a outra em dezembro. No entanto, ele afirmou que, apesar de ter tentado dialogar e chegar a um consenso, os servidores insistem na inclusão do retroativo. "A cada 1% de reajuste, isso representa quase R$ 30 milhões. Não posso agir com irresponsabilidade", declarou.

A Mobilização dos Servidores

Recentemente, os sindicatos de servidores estiveram mobilizados, organizando protestos em frente ao Paço Municipal exigindo resposta da gestão. Os grupos pedem, além do índice solicitado de 4,83%, o retroativo a janeiro deste ano. A situação se tornou tão crítica que os sindicatos não descartam a possibilidade de paralisações e greves.

Impacto Financeiro da Proposta

A Prefeitura informou que a antecipação do reajuste do segundo semestre teria um impacto financeiro de cerca de R$ 50 milhões. Esse valor seria equivalente à construção de 14 Centros de Educação Infantis ou à drenagem de um bairro inteiro de Fortaleza. Diante deste cenário, a administração municipal continua buscando soluções que respeitem tanto os direitos dos servidores quanto a realidade das finanças públicas.

Um Futuro Incerto para os Servidores

Com o clima de tensão entre a gestão e os servidores, o futuro das negociações permanece incerto. A administração de Evandro Leitão tem se esforçado para manter a comunicação aberta, mas as divisões entre as partes envolvidas ainda precisam ser resolvidas para alcançar um consenso.