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EUA se preparam para um recorde macabro: cinco execuções em uma semana!

2024-09-24

O estado da pena de morte nos EUA está prestes a viver um momento sombrio, com cinco execuções programadas para ocorrer na mesma semana, um número alarmante que desafia a tendência de queda desse tipo de punição ao longo dos últimos anos. De acordo com o Death Penalty Information Center, essa será a primeira vez em mais de 20 anos que ocorre uma situação desse tipo, desde julho de 2003.

A primeira execução já foi realizada na Carolina do Sul, na última sexta-feira (20), onde Freddie Owens foi condenado por assassinato durante um assalto em 1997. Este evento marca a primeira execução no estado em 13 anos, em grande parte devido à dificuldade em conseguir as drogas letais necessárias, que levaram a mudanças no protocolo de execução.

Executar cinco condenados em uma semana é, conforme especialistas, mais uma coincidência devido ao processo judicial em andamento, onde os condenados esgotaram suas tentativas de recurso. Eric Berger, professor de direito e especialista em pena de morte, destaca que fatores como a dificuldade em obter os fármacos letais e a moratória imposta após execuções mal realizadas também podem influenciar a aglomeração de datas.

As execuções programadas incluem: - **Alabama**: Marcação para quinta-feira (26) com Alan Miller, que será o primeiro a sofrer a nova técnica de execução por gás nitrogênio, um método que estava em teste e que gera polêmica pela sua natureza. - **Texas**: Travis Mullis, um homem com sérios problemas mentais e que já tentou renunciar ao direito de apelação, será executado na terça-feira (24) por um crime horrendo: o assassinato do próprio filho de três meses. - **Missouri**: Também nesta terça-feira, Marcellus Williams enfrentará a injeção letal em decorrência da morte de uma mulher em 1998, apesar de apelações a respeito de erros judiciais que não foram aceitas pelo governador. - **Oklahoma**: Emmanuel Littlejohn receberá a injeção letal na quinta-feira, mesmo após um apelo do conselho de indulto e liberdade condicional que pediu por clemência, alegando sua não participação no tiro fatal.

Com essas execuções, os EUA poderão alcançar a marca de 1.600 execuções desde a reabertura da pena de morte pela Suprema Corte em 1976. Enquanto a sociedade debate a eficácia e a ética da pena capital, um clima de incerteza e tensão se instala não apenas entre os condenados, mas também em suas famílias e na população em geral. Como será o futuro da pena de morte nos Estados Unidos? A sociedade está pronta para reavaliar este capítulo sombrio da justiça?