Os investidores da AgroGalaxy (AGXY3) foram pegos de surpresa nesta quarta-feira (18) com a chocante renúncia do CEO, Axel Jorge Labourt, juntamente com mais cinco membros do conselho de administração da empresa. A plataforma de varejo de insumos agrícolas, que já enfrentava uma turbulência no mercado, viu suas ações desmoronarem impressionantes 68% até agora em 2024.

A empresa confirmou em um comunicado à CVM que os seguintes conselheiros decidiram deixar seus cargos: - Mauricio Luís Luchetti, que era membro do Comitê de Auditoria Estatutária e do Comitê de Pessoas; - Eduardo de Almeida Salles Terrare, que ocupava o cargo de membro independente do Conselho de Administração; - Benildo Carvalho Teles, que também deixou o Conselho de Administração; - Welles Clovis Pascoal, que renunciou ao Conselho e ao Comitê de Sustentabilidade; - Larissa Yastrebov Pomerantzeff, que saiu do Conselho e de vários comitês, incluindo Sustentabilidade e Finanças.

O que resultou nessa debandada? O clima não é bom na AgroGalaxy, que vive uma das piores crises de sua história. Axel Labourt, que também era membro de diversos comitês na empresa, será substituído pelo atual diretor financeiro, Eron Martins. Com mais de 28 anos de experiência em áreas críticas como finanças e agronegócio, Martins terá a missão de tentar reverter a maré negativa da companhia, que tem sofrido com resultados fracos e margens em queda.

Não é só a AgroGalaxy que enfrenta dificuldades; muitas empresas do setor agrícola têm lidado com um cenário desafiador, mas a queda acentuada das ações da AgroGalaxy desde seu IPO em julho de 2021, onde as ações tombaram quase 90%, destaca a gravidade da situação. Em 2024, o que se vê é uma sequência de prejuízos sem precedentes, sendo o primeiro trimestre marcado por um prejuízo líquido ajustado de R$ 249,7 milhões, um aumento alarmante de 158,3% em relação ao ano anterior.

O segundo trimestre trouxe mais desastres, com perdas de R$ 362,4 milhões, um recorde negativo que intensificou ainda mais a crise financeira da empresa, controlada pelo Aqua Capital. Diante dessas condições, os investidores estão apreensivos, e as ações AGXY3, que já estavam em queda, registraram uma leve baixa de 0,88% após o anúncio da saída dos executivos, precificando as incertezas que rondam a AgroGalaxy no mercado.

Esses acontecimentos lançam um pano de fundo sombrio não apenas para a empresa, mas também para o setor agrícola no Brasil, suscitando inúmeras perguntas sobre o futuro da AgroGalaxy e sua capacidade de recuperação em um cenário econômico tão adverso. Fique atento para as próximas atualizações!