A Proposta Controverso dos EUA para Gaza

Em uma revelação chocante, o Washington Post trouxe à tona um plano que prevê a administração da região de Gaza pelos Estados Unidos por pelo menos dez anos. Segundo um documento confidencial de 38 páginas, a proposta sugere que os 2 milhões de residentes de Gaza possam ser temporariamente reassentados em outros países ou regiões restritas do território durante um processo de reconstrução.

Áreas de Trânsito Humanitário

A Reuters já havia noticiado sobre a criação de grandes campos de acolhimento conhecidos como "Áreas de Trânsito Humanitário", que poderão abrigar os palestinos durante a fase crítica da reconstrução. Este plano controverso é apoiado pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), um grupo amplamente criticado e considerado problemático por muitos.

Compensações Financeiras e Logísticas

De acordo com o Post, os proprietários de terras receberão um "token digital" em troca do direito de reconstruir suas propriedades. Além disso, cada palestino que decidir sair da região receberá US$ 5.000 em dinheiro e subsídios para cobrir o aluguel por quatro anos, além de um ano de fornecimento alimentar.

O Plano GREAT Trust

A proposta conhecida como "Gaza Reconstitution, Economic Acceleration and Transformation Trust" (GREAT Trust) foi desenvolvida pela GHF. A organização está colaborando estreitamente com as forças armadas israelenses e faz uso de empresas privadas norte-americanas de segurança e logística para levar ajuda alimentar à Gaza. Este plano tem o apoio do governo Trump e é visto como um desafio ao sistema da ONU.

Tragédias em Curso em Gaza

No início de agosto, a ONU informou que mais de 1.000 pessoas morreram tentando receber ajuda em Gaza desde que o GHF iniciou suas operações, com a maioria das mortes ocorrendo por ação das forças israelenses.

Trump e a "Riviera do Oriente Médio"

Recentemente, Trump fez declarações polêmicas sugerindo que os EUA deveriam "tomar" Gaza e transformá-la em "a Riviera do Oriente Médio", após o reassentamento da população palestina. Esse comentário gerou grande indignação entre palestinos e grupos de direitos humanos, levantando preocupações sobre um possível reassentamento forçado.

Violência e Crise Alimentar

Enquanto isso, a situação na Cidade de Gaza se agrava, com as forças israelenses intensificando os ataques aéreos e terrestres, destruindo residências e forçando famílias a deixar suas casas. O chefe do Programa Mundial de Alimentos alertou que as designações de Israel como "zona de combate perigosa" poderão reduzir ainda mais o acesso a alimentos, enquanto aproximadamente 514.000 pessoas já enfrentam condições de fome extremas na região.

A proposta dos EUA e as recentes ações em Gaza destacam um quadro desesperador de lutas e desafios humanitários que a população local enfrenta diariamente.