Uma nova reviravolta no caso de Freddie Owens, o homem que pode ser executado nesta sexta-feira (20/09) na Carolina do Sul, lança dúvidas desconcertantes sobre sua condenação pelo assassinato de Irene Grainger Graver, em 1997. A principal testemunha do caso, Steven Golden, que antes havia afirmado que Owens estava presente durante o crime, agora admite que mentiu e que o verdadeiro responsável pelo tiro não era o condenado.

Golden, que também estava envolvido no caso como co-réu, apresentou uma declaração juramentada poucos dias antes da execução, alegando que ficou sob pressão para incriminar Owens e temia por sua vida. Ele confessou: "Fiz isso porque sabia que era isso que a polícia queria que eu dissesse, e também porque pensei que o verdadeiro atirador ou seus associados poderiam me matar se eu o denunciasse à polícia. Ainda tenho medo disso. Mas Freddie não estava lá, na verdade."

O assassinato de Irene Grainger Graver, de 41 anos, ocorreu durante um assalto à loja onde ela trabalhava. Embora as câmeras de segurança tenham capturado a cena do crime, as imagens não foram suficientes para identificar os culpados de forma clara. Na época, Golden alegou que ele e Owens eram os homens descritos nas filmagens, levando à condenação de Owens em 1999.

Com o novo depoimento, as autoridades estão considerando a revisão do caso, embora um tribunal local tenha rejeitado um pedido feito pelos advogados de defesa de Owens, que alegam que ele foi condenado injustamente. O juiz ainda afirmou que Owens confessou o crime a diferentes pessoas ao longo dos anos, o que complicou a situação.

A execução de Freddie Owens está programada para ocorrer com um dos três métodos possíveis: injeção letal, cadeira elétrica ou pelotão de fuzilamento. Surpreendentemente, Owens delegou essa escolha a sua advogada, que optou pela injeção letal.

Essa situação levanta questões sérias sobre a confiabilidade das testemunhas e o processo judicial que pode levar a uma pena de morte executada sem a devida investigação de novas evidências. Os defensores dos direitos humanos estão atentos a esse caso, que pode impactar o sistema de justiça criminal nos EUA e reabrir discussões sobre a aplicação da pena de morte em casos de evidências questionáveis.