Nos últimos dias, um alarmante incidente ocorreu em várias cidades dos EUA, onde pessoas negras receberam mensagens de texto anônimas informando que teriam sido "selecionadas" para trabalhar na colheita de algodão. Essa prática, lembrando um passado colonial e escravocrata, causou profundo desconforto e medo entre a comunidade.

"Ficamos profundamente tristes ao saber que alguns de nossos alunos foram vítimas desses textos anônimos. Essas mensagens inaceitáveis são altamente perturbadoras e podem desencadear sofrimento emocional", disse um colégio em resposta, expressando preocupação pela saúde mental de seus alunos e de suas famílias.

Não se trata de um caso isolado; relatos semelhantes surgiram em estados como Alabama, Carolina do Sul e Geórgia, e até mesmo em universidades historicamente negras, mostrando a extensão da ameaça. As mensagens não só trazem um conteúdo ofensivo, mas também reacendem feridas históricas que muitos ainda carregam.

A equipe do presidente eleito até tentou distanciar a campanha desse tipo de retórica, afirmando que eles não têm vínculo com tais mensagens. No entanto, o FBI já iniciou investigações para descobrir a origem dessas comunicações perturbadoras.

Derrick Johnson, presidente da National Association for the Advancement of Colored People (NAACP), expressou sua preocupação, afirmando: "A infeliz realidade de eleger um presidente que historicamente abraçou e, às vezes, incentivou o ódio, está se desenrolando diante de nossos olhos." Ele acrescentou que essas mensagens são um indicativo alarmante da retórica vil de grupos racistas que agora se sentem encorajados a disseminar o ódio, inflando o medo dentro da comunidade.

Juntamente com essa situação, a comunidade negra americana enfrenta um panorama ainda mais desafiador após as últimas eleições, onde muitas ações e discursos políticos têm gerado divisões ainda mais profundas. É um momento crucial para que vozes de esperança e solidariedade se unam contra o racismo e promovam um futuro mais justo e igualitário.