Escândalo na Saúde: Diretor de Hospital em SP Exonerado Após Médicos Acusados de Faltar ao Trabalho
2024-10-23
Autor: Carolina
Em uma reviravolta chocante, Abraão Rapoport, o diretor do Hospital Estadual de Heliópolis, na zona sul de São Paulo, foi exonerado de seu cargo na última terça-feira (23). Essa medida foi tomada após sérias acusações contra dois médicos da unidade, que teriam sido flagrados registrando presença e em seguida abandonando suas obrigações.
De acordo com uma investigação da emissora SBT, o urologista Lawrence Aseba Tipo e o cardiologista Fulvio Alessandro Souza foram vistos batendo ponto e, em seguida, deixando o hospital. O urologista foi filmado se alongando e saindo para correr, enquanto o cardiologista foi visto fazendo compras no mercado após apenas duas horas de expediente.
A Secretaria Estadual de Saúde, sob a liderança do secretário Eleuses Paiva, abriu uma sindicância para avaliar a conduta dos profissionais e a gestão do hospital. Em nota, a pasta comentou: "Após as graves denúncias que vieram à tona, determinamos a exoneração do diretor e a instauração de uma sindicância para averiguar as informações e responsabilizar os envolvidos." Dr. José Luiz Gomes do Amaral foi designado como diretor interino enquanto as investigações estão em andamento.
A Folha de S.Paulo tentou contato com os médicos, mas não conseguiu localizá-los para comentar a situação. Os horários de trabalho de Fulvio Alessandro, que deveria atuar três vezes na semana, totalizando 20 horas mensais, geram ainda mais indignação. Com um salário de R$ 28.251,79, também é importante ressaltar que ele possui vínculos com outros quatro hospitais, sendo Heliópolis o único público.
Por outro lado, o urologista Lawrence Aseba Tipo também está vinculado a sete instituições, com cinco delas sendo públicas, e um salário de R$ 8.022,60, segundo dados do Portal da Transparência do estado de São Paulo.
Além das investigações pela Secretaria de Saúde, o Ministério Público de São Paulo anunciou que irá investigar o caso sob a perspectiva criminal e de improbidade administrativa, dada a gravidade das acusações e a possibilidade de impacto na saúde pública.
O que será que mais será revelado sobre esse caso? A população exige respostas e não aceita mais corrupção nas instituições de saúde. Fique atento para mais atualizações sobre esse escândalo! Em tempos de pandemia e escassez de recursos, essa situação poderia ser ainda mais devastadora para a população que depende do SUS.