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Escândalo na Coreia do Sul: Ordem de prisão contra presidente por imposição de lei marcial

2024-12-30

Autor: Fernanda

O Gabinete de Investigação da Corrupção da Coreia do Sul emitiu um mandado de prisão contra o presidente suspenso Yoon Suk Yeol, devido à sua controversa decisão de impor a lei marcial no início deste mês. Essa informação foi divulgada pela agência de notícias Yonhap nesta segunda-feira (30).

Yoon Suk Yeol enfrenta uma investigação criminal por insurreição, após ter declarado a lei marcial por aproximadamente seis horas, alegando que era uma medida necessária para combater uma suposta ameaça de agentes pró-Coreia do Norte. Em meio à crescente pressão, ele pediu desculpas e afirmou que sua decisão foi tomada em um momento de desespero.

As consequências para Yoon podem ser drásticas: as acusações criminais podem levá-lo a uma pena de prisão perpétua ou até mesmo à pena de morte, uma vez que a imposição da lei marcial gera sérias implicações legais e constitucionais.

Após essa grave situação, Yoon foi impeachmentado na primeira quinzena de dezembro e permanece afastado da presidência, aguardando uma decisão do Tribunal Constitucional sobre a possibilidade de sua remoção definitiva do cargo.

Além disso, na última semana, o presidente suspenso não compareceu ao Escritório de Investigação de Corrupção para Oficiais de Alta Patente, onde deveria prestar depoimento sobre a breve imposição da lei marcial.

A crise política se intensificou com a recente destituição do primeiro-ministro Han Duck-soo, que foi impeachmentado por unanimidade na última sexta-feira (28), com 192 votos a zero. Os parlamentares acusaram Han de tentar favorecer Yoon ao não indicar três juízes para completar o tribunal que julgará o presidente afastado.

Essa situação não só abalou o governo sul-coreano, mas também gerou uma onda de protestos populares. A população exige justiça e accountability por parte dos líderes eleitos. O desdobramento desse caso será crucial para o futuro político da Coreia do Sul e para a confiança do povo em suas instituições governamentais.