Escândalo em Três Rios: Picanha Estragada de Enchente no Sul Estava à Venda como Alimento!
2025-01-23
Autor: Julia
Um caso alarmante está chocando o Brasil após a descoberta de que uma parte da picanha, proveniente das 800 toneladas de carne estragada submersa na histórica enchente do Rio Grande do Sul, foi vendida novamente por um mercadinho em Três Rios, Rio de Janeiro, esta semana.
A empresa Tem Di Tudo Salvados comprou a carne com a intenção de transformar o produto impróprio em ração animal. No entanto, investigações revelaram que a carne foi adulterada e comercializada como adequada para consumo humano. Quatro pessoas já foram presas em conexão com o caso.
As investigações se iniciaram quando o frigorífico que inicialmente vendeu a carne estragada reportou à polícia que havia comprado o mesmo produto, mas apresentado de forma enganosa, como se estivesse em perfeitas condições para o consumo. Agora, a polícia está em busca de outros estabelecimentos que possam ter adquirido a carne contaminada sem saber.
As apreensões não pararam por aí. Além da carne, a polícia encontrou centenas de caixas de medicamentos vencidos, testes de Covid, cigarros e produtos de beleza com validade expirada no comércio investigado. Todo o material foi inutilizado com cloro antes de ser descartado de maneira segura.
A Tem Di Tudo Salvados, que possui autorização para reaproveitar produtos vencidos, prometeu transformar a mercadoria em ração. Contudo, a investigação da Decon revelou que pacotes de carnes bovina, suína e de aves impróprias foram colocados à venda em açougues e mercados em todo o Brasil. O delegado Wellington Vieira afirmou: "A carne foi maquiada para esconder a deterioração causada pela água e lama acumuladas no frigorífico em Porto Alegre."
Os investigadores descobriram que 32 carretas transportaram a carne estragada para diversos destinos no Brasil, revelando um esquema de grande escala que coloca em risco a saúde pública. "A vida de quem consumiu essa carne está em risco. Qualquer produto que ficar submerso em água adquiri características que podem seriamente comprometer a saúde", alertou o delegado.
E o que mais choca: a Tem Di Tudo Salvados lucrou enormemente nesse esquema fraudulento. "Os documentos fiscais mostram que a carne em bom estado valia cerca de R$ 5 milhões, mas a empresa comprou as 800 toneladas estragadas por apenas R$ 80 mil", afirmou Vieira.
Os implicados nesse imenso escândalo alimentar podem enfrentar acusações graves, incluindo associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, o que deverá gerar uma repercussão nacional significativa. A população está em alerta, questionando a segurança alimentar e a fiscalização das empresas. Qual será o próximo passo das autoridades para garantir que isso não se repita?