O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, foi convidado para ocupar um lugar de honra na cerimônia de posse de Donald Trump, conforme informações publicadas por um jornal renomado. Ele deverá se sentar ao lado de familiares do presidente eleito, ex-presidentes e outras figuras de destaque.

A organização da posse, que promete ser um evento grandioso, contará com a presença de importantes líderes de grandes empresas de tecnologia, incluindo Elon Musk (X), Mark Zuckerberg (Meta) e Jeff Bezos (Amazon). Essa reunião das 'big techs' em um mesmo espaço levanta questões sobre a influência dessas personalidades nas decisões políticas dos EUA.

A cerimônia de posse acontece em um momento crucial, um dia após a data limite imposta por uma lei aprovada pelo Congresso que ameaça a continuidade do TikTok nos Estados Unidos. Essa legislação, sancionada pelo presidente Joe Biden, obriga o TikTok a encontrar um comprador para que possa operar no país legalmente. A situação é ainda mais complicada pelo fato de que o governo americano considera a plataforma um risco para a segurança nacional, acusando-a de permitir que a China colete dados dos usuários e realize espionagem.

Enquanto isso, a ByteDance, empresa-mãe do TikTok, nega categórica e repetidamente essas acusações, buscando reverter a situação na Justiça. O TikTok já recorreu à Suprema Corte dos EUA, que, segundo informações da imprensa, pretende manter a validade da lei. Caso a situação se concretize, a rede social pode ser forçada a interromper suas operações nos EUA já neste domingo, algo que teria um impacto significativo em milhões de usuários.

Em uma reviravolta surpreendente, fontes do jornal The Washington Post indicam que Trump está considerando assinar uma ordem executiva que poderia suspender temporariamente o banimento do TikTok por um período de 60 a 90 dias. Essa ação seria uma tentativa de aliviar a tensão em meio a um debate acirrado sobre a propriedade e a privacidade de dados.

No entanto, surgem dúvidas sobre a eficácia de tal ordem executiva, uma vez que a proibição original do TikTok exigiu a aprovação do Congresso. Portanto, uma decisão unilateral do novo presidente pode enfrentar desafios legais significativos.

Desde o governo anterior de Trump, o TikTok tem enfrentado um escrutínio intenso por parte das autoridades americanas. Em 2020, o ex-presidente tentou barrar o download do aplicativo e planejou um banimento total, mas encontrou resistência na Justiça, resultando em um embate legal prolongado que até hoje reverbera no cenário político e tecnológico dos Estados Unidos.