Nação

Encontro Impactante: Lewandowski se Reúne com Pai de Estudante de Medicina Morto por PM em São Paulo

2025-01-16

Autor: Julia

247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, se encontrará nesta quinta-feira (16) com o médico Julio César Acosta Navarro, de 59 anos, pai de Marco Aurélio Cárdenas Acosta, de 22 anos, que foi tragicamente morto em novembro do ano passado por um policial militar em São Paulo. Essa reunião, conforme noticiado pela coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, foi marcada a pedido da família da vítima, que busca justiça e clareza em relação à morte do jovem estudante de medicina.

Durante uma coletiva de imprensa realizada no dia 8 de janeiro na residência da família, Julio César e a mãe de Marco Aurélio, Sílvia Mônica Cárdenas Prado, de 55 anos, demonstraram forte indignação, criticando abertamente a postura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, destacando uma falha grave no controle da Polícia Militar. “Eu quero justiça, eu quero que esse miserável do Tarcísio ao menos me ofereça um pedido de desculpas”, desabafou Sílvia, emocionada e revoltada com a situação.

Na última segunda-feira (13), o governador respondeu às críticas, afirmando compreender a dor dos pais da vítima. "Acho que no lugar deles eu estaria agindo da mesma forma. Existe um desejo de ver justiça, e eu acho que essa justiça deve e vai acontecer, pois os responsáveis serão apresentados à Justiça e passarão por julgamento", disse Tarcísio em uma entrevista no aeroporto de Guarulhos. No entanto, até o momento, o governador não fez contato direto com os pais de Marco Aurélio.

Além disso, a reportagem destaca que a Justiça negou o pedido de prisão preventiva do policial militar Guilherme Augusto Macedo, que disparou o tiro fatal que matou Marco Aurélio. Contudo, em decisão datada de 13 de janeiro, a juíza Luciana Menezes Scorza aceitou a denúncia e tornou Macedo e o PM Bruno Carvalho do Prado réus por homicídio doloso. O caso será julgado no Tribunal do Júri.

Imagens das câmeras corporais dos policiais revelam que os agentes seguiram o estudante após ele dar um tapa no retrovisor de uma viatura na Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Marco Aurélio, sem camisa, usando calça jeans e chinelos, foi perseguido até o hotel onde estava hospedado. Mesmo após ser atingido por um disparo na barriga, ele foi novamente ameaçado pelos policiais, e as imagens indicam claramente que o jovem estava desarmado e não ofereceu resistência.

Esse trágico episódio vem gerando debates acalorados sobre o uso excessivo da força pela polícia e a necessidade urgente de reformas no sistema de segurança pública. A população se mobiliza, exigindo respostas e um debate mais profundo sobre a segurança nas cidades brasileiras. A pressão por justiça e mudanças não pode ser ignorada.