Empresário morto em Guarulhos revelava desconhecimento sobre vínculos com o PCC
2024-11-11
Autor: Lucas
O empresário Antôni Vinícius Gritzbach, tragicamente assassinado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na última sexta-feira (08/11), negou em entrevista que soubesse que estava lidando com membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). Esta confissão foi revelada em uma entrevista conduzida pelo jornalista Roberto Cabrini, exibida pela Record neste domingo (10/11).
"Eles se apresentavam como empresários respeitáveis. Eu não tinha ideia de que eram criminosos. Eu apenas ajudava na compra de imóveis para eles", declarou Gritzbach durante a entrevista. Em um momento reflexivo, ele expressou seu arrependimento por ter se envolvido com essas pessoas.
Detido recentemente, um dos chefes da chamada ‘máfia do Pix’ e suspeito de várias atividades ilícitas relacionadas ao crime organizado, reforça a complexidade da rede criminosa em que Gritzbach estava inserido.
Informações reveladas pelo jornal Estadão indicam que Gritzbach estava sob ameaça de morte por parte do PCC, e seu valor em recompensa chegou a ser de impressionantes R$ 3 milhões. Além disso, ele era um delator de um esquema de lavagem de dinheiro vinculado à facção e estava sendo investigado por ser o mandante de assassinatos de figuras proeminentes no crime, como Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta.
Nos últimos meses, Gritzbach já havia enfrentado duas tentativas de homicídio, sendo uma delas em sua própria casa, o que o levou a externar sua preocupação com a própria vida. "Eu tenho medo pela minha segurança, mas desejo que a verdade sobre esta situação venha à tona", informou.
Quando questionado sobre sua fortuna, estimada em R$ 18 milhões, Gritzbach negou qualquer ligação financeira com o crime organizado, apesar de acusações serem feitas de que o empresário teria desviado aproximadamente R$ 100 milhões em criptomoedas da facção.
Após sua morte, a Polícia Federal inaugurou uma investigação, que será conduzida em parceria com a Polícia Civil de São Paulo. Durante a investigação, um fuzil e uma pistola foram encontrados nas proximidades onde o veículo dos suspeitos foi abandonado, aproximadamente 7 quilômetros do aeroporto.
A história de Gritzbach gera discussões intensas nas redes sociais, com muitas pessoas questionando como ele se envolveu com o crime organizado e se realmente estava alheio a essa realidade. Que reviravoltas o futuro guardará para o caso deste empresário polêmico?