A contagem regressiva começou! Faltam apenas 21 dias para as eleições municipais e as recentes pesquisas eleitorais revelam que 14 prefeitos disputando a reeleição estão liderando de forma isolada ou estão tecnicamente empatados com seus adversários nas 26 capitais brasileiras.

Os dados são do InfoMoney e refletem um contexto em que os candidatos já usufruem do horário de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, proporcionando uma melhor visibilidade nas campanhas. Esse fator pode ser crucial em capitais como São Paulo, onde o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) detém 65% do tempo de exposição na mídia, garantindo uma vantagem considerável em sua candidatura.

Por outro lado, novos concorrentes, como o empresário Pablo Marçal (PRTB), têm experimentado uma queda nas intenções de voto, mesmo após um crescimento impressionante. Sem a infraestrutura partidária necessária e com escassa publicidade, ele foca nas redes sociais, onde seu engajamento supera o de vários adversários.

O InfoMoney aponta 13 capitais com chances significativas de decidir a prefeitura já no primeiro turno, evitando um segundo round entre os dois candidatos mais bem posicionados. As cidades que podem ter essa disputa resolvida rapidamente incluem Boa Vista (RR), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

É fundamental lembrar que as pesquisas eleitorais não são definitivas e refletem apenas um retrato do momento. Vários fatores podem influenciar a decisão dos eleitores na hora da votação, que ocorrerá em 6 de outubro. O padrão de decisão de voto dos eleitores tem se mostrado cada vez mais tardio, tornando as pesquisas apenas uma referência a ser acompanhada.

A força dos prefeitos incumbentes tem sido um tema recorrente entre cientistas políticos. Equipados com índices de aprovação média de 60%, apenas 5 dos prefeitos das 27 capitais possuem desempenho abaixo de 40%, um sinal que geralmente indica dificuldades na reeleição. Os prefeitos se beneficiam ainda de um aumento no caixa das prefeituras, impulsionado por repasses da União que têm possibilitado investimentos em serviços públicos, incluindo saúde e educação.

Entre 2020 e 2023, os investimentos nas capitais quase dobraram, passando de R$ 17,6 bilhões para R$ 31,2 bilhões, criando um ambiente favorável para a reeleição dos incumbentes. Projectando uma taxa de reeleição superior a 70%, o cenário se estabelece como promissor para essas campanhas. Com a dinâmica das eleições e o aumento de investimentos, os eleitores podem estar mais propensos a manter a estabilidade com os atuais prefeitos, refletindo um voto de confiança na continuidade das gestões.