Negócios

Economistas reajustam previsões de inflação, Selic e dólar para 2025; o que isso significa para sua economia?

2024-12-23

Autor: Carolina

Os economistas consultados pelo Banco Central (BC) não hesitaram em elevar suas previsões para a inflação, o dólar e o PIB (Produto Interno Bruto) para os próximos anos, mesmo diante da recente aprovação de um pacote fiscal pelo Congresso.

De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (23), expectativas apontam que o dólar feche 2025 cotado a R$ 5,90, um aumento em relação aos R$ 5,85 projetados na semana anterior. Esse é um cenário alarmante, pois é a primeira vez que a moeda alcançou patamares tão elevados, com um fechamento recente a R$ 6,071, atingindo até R$ 6,30 durante a semana.

Em resposta a essa instabilidade, o BC tem realizado intervenções frequentes no mercado cambial, executando leilões extras diariamente desde o dia 13 de outubro, com exceção da última quarta-feira (18). Isso mostra a preocupação do governo em controlar a volatilidade da moeda e, consequentemente, da economia.

As projeções para a Selic também foram ajustadas. Espera-se que a taxa de juros básica chegue a 14,75% em 2025, uma alta em relação à previsão anterior de 14%. Já em 2026, o número deve alcançar 11,75%, subindo de 11,25% da semana passada. Atualmente, a taxa está em 12,25% ao ano, um fator que impacta diretamente a vida cotidiana dos brasileiros, desde o valor de empréstimos até o custo de produtos e serviços.

No entanto, o BC já sinalizou que podem haver mais duas altas na Selic de 1 ponto percentual, citando riscos associados ao agravamento da dinâmica inflacionária após a introdução das medidas fiscais pelo governo. A situação se torna ainda mais complexa quando se considera a deterioração nos componentes que influenciam a política de juros, como as taxas de câmbio e as expectativas de inflação. Isso indica que as ações de controle da inflação podem não estar gerando os efeitos esperados, o que pode ser um sinal alarmante para a economia.

No que diz respeito ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a previsão subiu para 4,91% em 2024 e para 4,84% em 2025, indicando uma pressão inflacionária persistente. Para 2026 e 2027, as expectativas continuam estáveis em 4% e 3,8%, respectivamente. Essa situação é reflexo da luta contínua do governo para equilibrar as contas públicas e reduzir o déficit, ao mesmo tempo em que lida com a pressão inflacionária.

As alterações nas previsões foram realizadas após uma semana intensa de negociações e aprovações no Congresso, destacando a urgência das reformas necessárias para conter o impacto econômico. O que esses ajustes significam para o cotidiano do brasileiro? A resposta pode impactar desde as compras no supermercado até os investimentos a longo prazo. É um momento de atenção e planejamento financeiro para todos.