Donald Trump Retorna à Retirada dos EUA do Acordo de Paris; O Que Isso Significa para o Futuro?
2025-01-21
Autor: Lucas
O recém-empossado presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já começou sua administração com várias mudanças polêmicas. Durante um evento na arena Capital One, ele assinou um decreto que oficializa a retirada dos EUA do Acordo Climático de Paris, uma decisão que voltou a ser debatida em um contexto global de crescente preocupação com as mudanças climáticas.
No seu primeiro mandato, de 2016 a 2020, Trump também havia retirado o país do acordo, alegando que isso beneficiava outras nações em detrimento da economia americana. Durante a cerimônia, ele afirmou que a saída do acordo poderia resultar em uma economia de aproximadamente um trilhão de dólares para o país. Além disso, ele confirmou que uma carta seria enviada à Organização das Nações Unidas (ONU) explicando essa decisão, uma ação que é vista como parte de sua estratégia para desmantelar políticas de seu antecessor, Joe Biden.
Com a saída dos Estados Unidos, que se junta a países como Irã, Líbia e Iémen — os únicos que não fazem parte do acordo de 2015 —, as consequências podem ser significativas para os esforços globais de combate à mudança climática. Estima-se que a retirada dos EUA possa atrasar ações internacionais e compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa, essenciais para limitar o aquecimento global.
Trump também anunciou que planeja assinar “quase 100” ordens executivas em sua nova administração, o que demonstra seu impulso em reverter políticas de seu antecessor. Além de questões climáticas, as ordens abordarão tópicos variados, como imigração, energia e tarifas.
Acordo de Paris: O Que Está em Jogo?
O Acordo de Paris, firmado em 2015, envolveu quase 200 países em um comprometimento global para combater as mudanças climáticas, visando limitar o aumento da temperatura global a menos de 2 graus Celsius. Cada nação é responsável por desenvolver seu próprio plano de ação para evitar os piores impactos das alterações climáticas.
Vale lembrar que os Estados Unidos já são o maior produtor mundial de petróleo e gás natural, com a exploração em larga escala dessas fontes energéticas, especialmente no Texas e Novo México, impulsionada por técnicas como o fracking. A intensa produção de combustíveis fósseis e a atual instabilidade global causada pela invasão da Ucrânia pela Rússia podem complicar ainda mais os esforços para uma transição energética sustentável.
Com a retomada de sua política de austeridade em relação a acordos climáticos, Trump pode estar sinalizando uma nova era de desinteresse americano nas questões ambientais, o que poderá ter impactos visíveis não apenas para o futuro dos EUA, mas para o mundo todo. As expectativas são altas quanto às reações globais e às repercussões no ambiente internacional.