O dólar encerrou mais um dia em alta, fechando a R$ 5,7711, um aumento de 0,58%. O dia começou turbulento, com a moeda americana chegando a ultrapassar R$ 5,80 pela manhã, mas ao longo do dia houve uma certa desaceleração, embora as preocupações com a política internacional e a demora do governo Lula em propor medidas fiscais ainda pesem sobre o cenário econômico.

Nesta segunda-feira (11), o avanço do dólar reflete também um ambiente global tenso, em meio a expectativas sobre o que a administração de Donald Trump pode trazer de novo. Os investidores permanecem inquietos com a possibilidade de que o ex-presidente americano retorne ao poder, fazendo promessas de elevar tarifas sobre importações, o que poderia afetar fortemente as relações comerciais brasileiras. Isso causa especulações e incertezas no mercado.

Os preços de minérios, como o ferro e o petróleo — fundamentais para as exportações brasileiras — caíram devido a dados decepcionantes sobre estímulos econômicos da China. Na última semana, números pessimistas de toda ordem vindos da China aumentaram as preocupações sobre a saúde da economia global, resultando em pressão sobre o real.

A espera pelo pacote fiscal do governo brasileiro, que era aguardado desde as eleições municipais, continua sem definição e isso gera apreensão no mercado. Segundo Diego Gardi, gerente comercial da B&T Câmbio, “a indefinição sobre o pacote de ajuste fiscal segue gerando incertezas que impactam diretamente no comportamento do dólar”. Além disso, chamou a atenção o fato de que o governo está discutindo cortes de gastos que podem variar entre R$ 30 bilhões e R$ 60 bilhões. Essa expectativa pode significar uma diferença significativa na confiança do mercado.

O dólar comercial apresentou os seguintes preços: R$ 5,769 para compra e R$ 5,770 para venda, enquanto o dólar turismo foi cotado a R$ 5,84 para compra e R$ 6,02 para venda.

Às 17h14, o índice do dólar, que mede a força da moeda americana, subia 0,48%, atingindo 105,510. É importante ficar atento, pois análises apontam que, em dias de baixo volume de negociação, como ocorreu devido ao feriado do Dia dos Veteranos nos EUA, o impacto das flutuações pode ser maior.

O Banco Central informou que a mediana das projeções do mercado para o dólar até o fim de 2024 passou de R$ 5,50 para R$ 5,55. Em 2025, a expectativa foi de R$ 5,43 para R$ 5,48. Além disso, o BC conseguiu vender todos os 15.200 contratos de swap cambial tradicional que colocou à disposição, sinalizando uma tentativa de controlar a volatilidade da moeda.

À medida que o mercado continua a reagir aos eventos políticos e às condições econômicas globais, a dúvida permanece: até quando o dólar irá manter essa trajetória de alta? Fique ligado, pois movimentos inesperados podem ocorrer a qualquer momento!