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Revelações assustadoras: vizinhos comentam os últimos dias de autor do ataque em Brasília

2024-11-16

Autor: Maria

Na véspera do atentado ocorrido em Brasília, Luiz se mantinha em silêncio. Conhecido por sua rotina pacata, ele costumava pedalar por Ceilândia até o centro, sua bicicleta amarela sempre atraía olhares curiosos. Funcionários de um supermercado local o descreveram como cordial e amigável, frequentando o estabelecimento quase todos os dias.

No entanto, na segunda-feira (11), a situação tomou um rumo inquietante. Sua bicicleta desapareceu do condomínio onde morava e, para espanto dos vizinhos, também sumiu um passarinho amarelo que Luiz costumava ter, indicando que algo não estava certo. Um amigo, que preferiu manter-se anônimo, comentou: "Ele deve ter se livrado da bicicleta e do passarinho por alguma razão.", sinalizando uma mudança no comportamento de Luiz.

No dia seguinte, Luiz surpreendeu a vizinha que costumava cozinhar para ele. Durante o almoço, elogiou a comida de forma entusiasmada, mas permaneceu reservado. Não informou que não precisava de mais refeições no dia seguinte, quando planejaria seu ataque devastador.

Na quarta-feira, dia do crime, Luiz saiu de casa às 6h e pegou seu carro, um Kia Shuma 1999, que trouxe de Santa Catarina. Ele havia chegado a Brasília após as eleições municipais e, segundo relatos, sua presença na quitinete parecia cada vez mais estranha.

Estacionou próximo ao Anexo 4 da Câmara, onde deixou o veículo ao lado de um trailer que normalmente venderia comida, mas que ele utilizava para guardar explosivos adquiridos em lojas de fogos de artifício. Perto das 8h15, conseguiu passar por um detector de metais sem ser revistado, mesmo levando dispositivos suspeitos.

Momentos antes do ataque, Luiz se aproximou de uma repórter ao vivo, afirmando de forma bizarra: "Eu não vou passar em frente da câmera porque eu sou muito feio". Isso levantou os alertas da equipe de reportagem, que percebeu a presença ameaçadora do homem, que portava explosivos.

As primeiras explosões começaram a ocorrer às 19h30, quando Luiz acionou uma bomba no porta-malas do carro. Em seguida, ele tentou entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) arremessando um objeto em uma homenagem, marcando seu intento malévolo de destruir. Ao se deitar no chão, acionou uma bomba, tirando sua própria vida e criando caos em uma das áreas mais sensíveis do país, carregada de simbolismo político.

As forças de segurança foram rapidamente mobilizadas; a Polícia Federal (PF) isolou a área e a equipe do Bope começou a desativar as bombas no local. Levantou-se um verdadeiro cerco ao redor da quitinete de Luiz após a revelação de que ele tinha mais explosivos em sua residência. O cachorro da PM, ao farejar, localizou explosivos ocultos em móveis.

A PF, agora focada em uma investigação de terrorismo, encontrou profundas conexões de Luiz com o extremismo de direita, refletindo um perigo atual e um legado de insegurança. Mensagens extremistas e referências aos ataques de 8 de janeiro de 2023 estavam espalhadas por sua residência, revelando que Luiz não estava sozinho em suas ideias destrutivas. A vice-governadora Celina Leão detalhou que a porta de entrada para essa avalanche de violência se abria por meio das frustrações e radicalizações que muitos cidadãos enfrentam nos dias de hoje.

As elucidações sobre a mente de um homem desencadeador de terror se entrelaçam com sua própria trajetória nas últimas eleições, pintando um retrato grotesco não só de seu eu interior, mas de uma sociedade que ainda luta com suas feridas.