Nesta terça-feira (1°), o dólar à vista registrou uma alta de 0,31% em relação ao real, encerrando o dia cotado a R$ 5,463 na compra e R$ 5,464 na venda. Este movimento é impulsionado por um panorama global de busca por ativos mais seguros, dado o aumento das hostilidades no Oriente Médio, especialmente após um ataque com mísseis do Irã a Israel.

A escalada do conflito entre israelenses e palestinos, com o temor de envolvimento de outras nações, levou a um aumento significativo nos preços do petróleo e uma aceleração no fortalecimento do dólar em relação a outras moedas. Os rendimentos dos Treasuries também mostraram uma queda, refletindo a aversão ao risco por parte dos investidores.

Até o momento, o dólar já acumulou uma alta de 12,62% em relação ao real neste ano, o que levanta questionamentos sobre o que vem a seguir para a moeda brasileira neste cenário volátil.

Inicialmente, o dólar tinha registrado uma leve queda, chegando a R$ 5,4308 (-0,34%), mas essa trajetória foi revertida ao longo do dia, com a moeda norte-americana atingindo uma máxima de R$ 5,4794, representando um aumento de 0,56%. A confirmação do ataque iraniano a Israel aumentou as preocupações, forçando investidores a buscarem opções mais seguras.

"Quando surgem episódios bélicos, é natural que os investidores busquem abrigo em mercados mais seguros, resultando em uma fuga para o dólar americano", afirmou Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

Os especialistas já alertam que o impacto do conflito poderá ser mais significativo se o cenário de tensão geopolítica se agravar, especialmente com a participação de países fora da região. Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital, mencionou que a volatilidade do mercado é esperada em momentos como este, mas a longo prazo, uma escalada do conflito que se estenda além do Oriente Médio poderia trazer consequências negativas em nível global.

Com a instabilidade política e militar atual, o futuro do dólar e dos mercados financeiros permanece altamente incerto. Os investidores devem ficar atentos às notícias e às movimentações do mercado, pois a cada atualização da situação no Oriente Médio, o Brasil pode enfrentar novas oscilações em sua economia e no poder de compra dos brasileiros.