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Dólar despenca mais de 1% e fecha abaixo dos R$ 5,80 após declarações impactantes de Haddad

2024-11-04

Autor: Gabriel

O dólar comercial registrou uma queda significativa em relação ao real nesta segunda-feira (4), revertendo os altos valores da sessão anterior, onde a moeda americana fechou na maior cotação em quase 4 anos e meio. Aparentemente, a recente declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre as medidas de contenção de gastos públicos, contribuiu para essa movimentação. Ele afirmou que essas medidas estão "muito avançadas" do ponto de vista técnico e expressou confiança em apresentar as propostas ainda esta semana.

Durante uma coletiva de imprensa, Haddad anunciou que se reuniria nesta tarde com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é que Lula defina a estratégia de comunicação sobre o que será anunciado. Essa movimentação do governo é crucial para tranquilizar os mercados financeiros e reverter a volatilidade do dólar.

Às 11h27, a cotação do dólar à vista estava em queda de 1,42%, com valores de R$ 5,786 na compra e R$ 5,787 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento também estava em queda de 1,54%, cotado a 5.801 pontos.

Além disso, o dólar turismo estava avaliado em R$ 5,853 na compra e R$ 6,033 na venda, refletindo a oscilação do mercado. Essa segunda-feira é marcada por um calendário econômico denso, que inclui a eleição presidencial nos EUA na próxima terça-feira, a decisão sobre a taxa de juros do Banco Central do Brasil nesta quarta, e o anúncio da política monetária do Federal Reserve (Fed) na quinta.

Nos mercados internacionais, o dólar caiu para seu menor nível em um mês frente a outras moedas, impulsionado pela mudança de expectativas dos investidores em relação à vitória nas eleições americanas. Houve uma diminuição nas apostas a favor de Donald Trump, especialmente após pesquisas recentes mostrarem o crescimento da taxa de aprovação de Kamala Harris, que lidera em Iowa, um estado tradicionalmente republicano.

Esse cenário traz incertezas para o mercado, mas também apresenta oportunidades para o real se fortalecer, caso as medidas do governo se mostrem eficazes e o cenário político americano se stabilizar.