Diretor da PRF clama por câmeras corporais após jovem ser baleada em ação policial
2024-12-25
Autor: Julia
Diretor da PRF clama por câmeras corporais após jovem ser baleada em ação policial
O diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Antônio Fernando Souza Oliveira, enfatizou a necessidade urgente da implementação de câmeras corporais para os policiais após um incidente trágico que resultou em uma jovem de 26 anos sendo baleada na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, na véspera de Natal, dia 24 de dezembro de 2024.
"Sou um defensor veemente da utilização de câmeras corporais porque elas protegem tanto a atividade policial quanto os cidadãos. Todavia, é crucial que façamos mais do que apenas legislar para evitar tragédias como essa," afirmou Oliveira em uma entrevista à GloboNews. Ele ressaltou que, além de medidas legislativas, é necessário um aprofundamento na formação dos policiais e na criação de protocolos de ação mais rigorosos.
A Polícia Federal iniciou um inquérito para investigar o caso, e os policiais da PRF que participaram da operação foram afastados preventivamente de suas funções. Isso demonstra uma tentativa de responsabilidade e transparência em relação ao incidente.
Durante a mesma entrevista, Oliveira também comentou sobre o recente decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que restringe o uso de armas por policiais, classificando-o como "acertado". Ele reconheceu que a realidade no Rio de Janeiro é distinta e que está em curso um trabalho para desenvolver um treinamento específico para a atuação da PRF no estado.
ENTENDA O CASO
A jovem atingida, Juliana Leite Rangel, estava em um veículo com sua família, composta por cinco pessoas, a caminho de passar o Natal na casa de parentes em Itaipu, Niterói. Durante a abordagem da PRF na Rodovia Washington Luís (BR-040), na altura de Duque de Caxias, diversos disparos foram efetuados, resultando em um tiro na cabeça de Juliana.
O incidente ocorreu por volta das 21h e a jovem foi imediatamente levada ao Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Caxias, onde foi entubada e submetida a uma cirurgia de emergência. Seu quadro de saúde é considerado gravíssimo.
O pai de Juliana, Alexandre da Silva Rangel, de 53 anos, também foi ferido, levando um tiro na mão esquerda. Após passar por avaliações médicas, foi constatado apenas um pequeno corte, e ele recebeu alta ainda na mesma noite do incidente.
Os veículos envolvidos, incluindo o carro de Alexandre com diversas marcas de tiros, foram rebocados para o pátio da delegacia federal em Nova Iguaçu, onde uma perícia séria será conduzida, juntamente com os depoimentos dos policiais e das vítimas da ação. A sociedade aguarda por respostas e ações concretas para evitar que tragédias como essa se repitam.