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‘Dia da Liberação’: entenda em gráficos a dimensão da ‘tarifaçã’ de Trump

2025-04-02

Autor: Maria

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estava determinado a impor tarifas recíprocas sobre países que, segundo ele, tratavam os EUA de maneira injusta no comércio internacional. Essa tática incluía medidas contra parceiros comerciais considerados concorrentes desleais, como o uso excessivo de tarifas ou barreiras não tarifárias.

Trump alegava que suas novas tarifas teriam o poder de criar milhões de empregos e rejuvenescer a manufatura americana, reestabelecendo a força industrial do país. No entanto, a implementação de tarifas elevadas contra outras nações também poderia resultar em um aumento significativo nos preços de bens de consumo, justamente em um período em que muitos americanos já se preocupavam com uma possível recessão econômica.

Além de prometer a redução da dívida nacional, Trump prenunciava um reequilíbrio no comércio global, implementando tarifas abrangentes contra importantes parceiros, como China, México e a maioria dos países europeus, e setores chave, especialmente aço e alumínio.

Recentemente, as tarifas comerciais dos EUA despertaram reações de retaliação de várias nações, levantando um cerco de incertezas no comércio global. No mês de março, a administração Trump decidiu impor uma tarifa de 25% sobre todas as importações de alumínio e aço, medidas que teriam consequências diretas e muitas vezes inesperadas.

O Canadá, por exemplo, é o maior fornecedor de alumínio e aço para os EUA. Contudo, essas tarifas poderiam gerar um efeito contrário nas próprias indústrias que pretendiam proteger. William Oplinger, CEO da Alcoa, uma das gigantes do alumínio nos EUA, emitiu alertas sobre possíveis cortes de até 100.000 empregos americanos devido a essas tarifas, afetando diretamente sua própria indústria.

Em uma decisão polêmica, Trump também anunciou que uma tarifa de 25% sobre carros importados entraria em vigor no dia 3 de abril, seguida por outra tarifa com a mesma porcentagem para autopeças, que começaria a vigorar até o dia 3 de maio. Apesar da expectativa de um aumento na produção automotiva doméstica, os consumidores estavam destinados a arcar com preços mais altos, diante do incremento dos custos de produção nacional e do aumento dos custos de importação de veículos.

As políticas comerciais de Trump foram motorizadas por uma série de objetivos que se distanciavam das justificativas apresentadas por administrações anteriores. A estratégia de Trump, por exemplo, vinculou tarifas sobre os três maiores parceiros comerciais da América – México, China e Canadá – a alegações de que essas nações não estavam fazendo o suficiente para ajudar a controlar a imigração ilegal e a entrada de substâncias como o fentanil, que proliferam nas fronteiras americanas.

Desta forma, enquanto as políticas comerciais se tornaram um campo de batalha crucial para a retórica de Trump, ele se afastou da abordagem tradicional de utilizar tarifas como ferramentas de segurança nacional ou para apoiar a indústria doméstica. Assista à situação se desenrolar e descubra como isso afeta o comércio global e a vida cotidiana dos americanos!