Neste domingo (3/11), o mundo da música perdeu uma de suas maiores lendas: Quincy Jones, o icônico produtor, arranjador e multi-instrumentista, faleceu aos 91 anos em sua residência em Bel Air, Los Angeles. Com uma carreira extraordinária que rendeu 28 Grammys, dois Oscars e um Emmy, Jones deixou uma marca indelével na indústria musical, especialmente por sua colaboração histórica com Michael Jackson, o Rei do Pop.

A família de Quincy Jones compartilhou a triste notícia em um comunicado emocional: "Com corações cheios, mas partidos, devemos compartilhar a notícia do falecimento de nosso pai e irmão Quincy Jones. E, embora esta seja uma perda incrível para nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele."

Jones é amplamente lembrado pela produção do álbum mais vendido de todos os tempos, *Thriller*, que revolucionou a música pop e solidificou a parceria entre ele e Jackson. Em 2008, a revista Time o nomeou um dos músicos de jazz mais influentes do século XX, reconhecendo sua importância na transformação do gênero ao longo das décadas.

Nos primórdios de sua carreira, Quincy também trabalhou com o lendário Frank Sinatra, um clima que se reflete na reinterpretação de clássicos como *Fly Me To The Moon*, que passou de uma valsa suave a um swing energético sob a orientação do produtor.

Além de suas colaborações com grandes nomes da música americana, Quincy Jones não esqueceu suas raízes e deixou sua marca também no Brasil. Ele trabalhou com ícones brasileiros como Milton Nascimento, Ivan Lins e a famosa cantora Simone, contribuindo para a diversidade musical que caracteriza sua obra.

Um dos laços mais fortes entre Quincy e o Brasil foi sua relação com o percussionista Paulinho da Costa. Paulinho era frequentemente convocado para se juntar a Jones em gravações, participando até mesmo da trilha sonora do clássico filme *O Feiticeiro*.

O legado de Quincy Jones vai além de suas premiações. Ele foi uma força inovadora que moldou o som de várias gerações e continua a inspirar novos artistas ao redor do mundo. Sua habilidade de unir diferentes estilos e culturas musicais deixou um impacto profundo, e sua ausência será sentida em cada nota tocada em tributo a suas obras-primas. Eternamente, Quincy Jones será lembrado como um gênio musical que transformou nossa maneira de ouvir e sentir a música.