Nação

Desistência Bombástica: Construtoras Brasileiras Abandonam Leilão do Túnel Santos-Guarujá!

2025-09-01

Autor: Ana

Construtoras Nacionais Desistem do Leilão do Túnel Santos-Guarujá

Em uma reviravolta inesperada, as grandes construtoras do Brasil decidiram desistir do aguardado leilão do túnel Santos-Guarujá, um dos projetos mais ambiciosos do Novo PAC, com propostas que deveriam ser entregues nesta segunda-feira (1º).

Fontes próximas ao consórcio formado pela Odebrecht e pela Álya (anteriormente Queiroz Galvão) confirmaram à CNN que, durante o fim de semana, a parceria optou por não fazer nenhuma oferta. A Andrade Gutierrez, que também estava avaliando sua participação em colaboração com um fundo financeiro, seguiu o mesmo caminho e decidiu se retirar da disputa.

Expectativa de Rivalidade Internacional

Com a saída das empreiteiras brasileiras, o cenário é agora uma competição acirrada entre gigantes internacionais. As empresas estrangeiras Mota-Engil, com apoio da poderosa chinesa CCCC, e a espanhola Acciona estão preparadas para concorrer. A cearense Marquise, que mostrava interesse em participar do leilão junto com a italiana Webuild, parece ter esbarrado em dificuldades para firmar essa parceria.

A Marquise ainda tentava se juntar a outro grupo, mas sua participação agora parece incerta.

Investimentos Milionários e Concessões de Longo Prazo

O projeto do inovador túnel imerso Santos-Guarujá prevê uma concessão de 30 anos e investimentos impressionantes de R$ 6,8 bilhões em uma PPP (parceria público-privada). Desses, R$ 5,1 bilhões virão igualmente de recursos federais e do estado de São Paulo, enquanto o restante será provindo da futura concessionária.

Na semana passada, após intensas reuniões no TCU (Tribunal de Contas da União), um aditivo no convênio entre a União e o estado de São Paulo resolveu as pendências restantes e garantiu a realização do leilão. Caso tudo ocorra como planejado, as propostas serão finalmente apresentadas na sexta-feira (5), na B3.

Desafios Financeiros e Discriminação no Setor

Apesar da capacidade técnica, as construtoras brasileiras encontraram barreiras intransponíveis devido à falta de financiamento. Segundo relatos, elas enfrentaram um cenário de juros exorbitantes nos bancos privados e não conseguiram obter o suporte financeiro necessário dos bancos públicos.

Um executivo do setor revelou à CNN que ainda existe um "tratamento discriminatório" contra as empreiteiras brasileiras, resultado do seu histórico complicado com a Lava Jato. Enquanto isso, concorrentes estrangeiras recebem incentivos significativos de seus governos, mesmo após também terem enfrentado escândalos de corrupção.