
CSA CONFIRMADO NO REBAIXAMENTO APÓS DECISÃO DO STJD
2025-09-05
Autor: Mariana
O CSA viu sua última esperança de escapar do rebaixamento desaparecer na sexta-feira (5) após o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) negar o recurso do Guarani. O recurso pedia a anulação da partida contra o Anápolis, que terminou em 2 a 0 para os goianos.
Como terceiro interessado no processo, o CSA esperava que a anulação pudesse alterar a tabela e salvar o clube alagoano da queda. O Guarani alegava que o time goiano usou 12 jogadores em campo durante parte do segundo tempo.
O QUE ACONTECEU?
Apesar das alegações do Guarani, o STJD decidiu, por unanimidade, manter o resultado da partida. Com isso, o CSA retornará à Série D após dez anos.
Até o fechamento desta matéria, a equipe alagoana ainda não havia se manifestado oficialmente sobre o rebaixamento.
DEMANDA DO GUARANI
O Guarani argumentou que o atacante João Celeri permaneceu em campo mesmo após a entrada de Igor Cássio, configurando a presença ilegal de 12 jogadores durante um escanteio.
Embora o árbitro tenha registrado a saída de Celeri um minuto depois do ocorrido, a decisão não alterou o placar, que se manteve em 2 a 0.
O departamento jurídico do Guarani se baseou no artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) para solicitar a anulação do jogo.
TEMPORADA TURBULENTA
A queda do CSA para a Série D coroa uma temporada de instabilidade tanto dentro quanto fora de campo. A equipe enfrentou uma eliminação precoce no Campeonato Alagoano, seguida por um desempenho promissor na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste.
No entanto, as esperanças foram frustradas com eliminações dolorosas, incluindo a derrota para o Confiança, que tirou o CSA de uma final inédita no Nordestão.
Enfrentando dificuldades, decisões polêmicas como a demissão de Higo Magalhães e seu retorno relâmpago apenas 17 dias depois, culminaram na derrota final para o Brusque, que garantiu o rebaixamento.
CRISE FORA DE CAMPO
A crise se estendeu além do campo. O Conselho Deliberativo afastou a diretoria executiva sob acusações de gestão temerária, apontando para pagamentos excessivos e empréstimos irregulares.
Em meio a toda essa turbulência, a presidente executiva Mírian Monte convocou uma coletiva para renunciar ao cargo, defendendo sua gestão e assegurando um superávit.
Após sua saída, o presidente do Conselho Deliberativo, Clauwerney Ferreira, assumiu interinamente a presidência executiva, e novas eleições devem ser convocadas em até dois meses.