Nação

Desespero em Voo: Brasileiro Sofre Infarto e Luta pela Vida em Outro País

2025-01-11

Autor: Lucas

Diego Honorato, um brasileiro em viagem, passou por uma experiência de vida ou morte. Após sofrer um infarto enquanto estava a bordo de um voo, ele foi imediatamente socorrido em um hospital na Holanda, onde permanece internado há mais de um mês. Com seu estado de saúde se deteriorando e dependendo de aparelhos para respirar, médicos holandeses deram a notícia devastadora no dia 30 de dezembro: ele precisa urgentemente de um transplante de coração.

Angélica Coelho, companheira de Diego, compartilhou o desespero da situação: "Estamos em um país completamente longe de casa, sem recursos para voltar, e ele não consegue entrar na fila de transplante porque não é cidadão holandês e não tem seguro médico. A cada dia, a situação se torna mais crítica para nós".

O diagnóstico de insuficiência cardíaca foi feito durante uma viagem de férias ao Brasil. Durante sua estadia, Diego passou por exames após notar alguns sintomas, mas o médico que o atendeu liberou o retorno à Irlanda com o uso de medicamentos.

Agora, a família está fazendo de tudo para trazer Diego de volta para São Paulo e realizar o transplante em uma unidade de saúde Brasil. Para isso, é necessário uma UTI aérea, com custos que podem ultrapassar R$ 1 milhão. Angélica tentara ajuda do Itamaraty, mas foi informada que o governo brasileiro não pode bancar despesas médicas, apenas oferecer assistência consular.

O Hospital Universitário de Amsterdam já contatou o Hospital das Clínicas de São Paulo para verificar se a unidade estava preparada para receber Diego, uma questão que foi confirmada.

Em meio a toda essa luta, Angélica criou duas campanhas online na plataforma Go Fund Me, uma em reais e outra em euros, na tentativa de arrecadar o valor necessário para o transporte. Até a última sexta-feira (10), ambas as campanhas já contabilizavam pouco mais de R$ 100 mil.

Em um vídeo emocionado, Diego fez um apelo: "Peço, por favor, a ajuda de todos vocês para que eu possa voltar ao Brasil e receber o transplante de coração, pois estou cada vez mais fraco, debilitado e perdi muito peso. Não sei se consigo aguentar muito tempo, minha situação é crítica".

O Itamaraty confirmou que está prestando assistência consular ao brasileiro, mas reiterou que não há respaldo legal para cobrir despesas médico-hospitalares com recursos públicos. A luta de Diego e Angélica é um lembrete cruel da importância do sistema de saúde e assistência em situações de emergência no exterior, evidenciando que a solidariedade pode ser a única saída em momentos de desespero.