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O Fim da Guerra da Ucrânia: Poderá 2025 Ser o Ano da Esperança?

2025-01-12

Autor: Fernanda

No leste da Ucrânia, a situação se torna cada vez mais crítica com o avanço da máquina de guerra russa, que está tomando controle, vilarejo por vilarejo, ao longo das vastas planícies do Donbas. A declaração do presidente russo, Vladimir Putin, em sua coletiva de imprensa de fim de ano, enfatizou uma mudança dramática na linha de frente, onde os conflitos ocorrem diariamente.

Muitos civis buscam escapar do caos, enquanto outros hesitam em deixar suas casas até que as balas comecem a voar mais perto. Este cenário caótico, que já custou um milhão de vidas e feridos, apresenta a Ucrânia em um momento sombrio, perdendo terreno como nunca antes, especialmente desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.

Enquanto isso, em Washington, Donald Trump, que está se preparando para reassumir a presidência, promete acabar com a guerra em 24 horas. Embora sua promessa possa parecer grandiosa, ela ecoa o crescente desacordo em relação à guerra e o custo elevado do envolvimento dos Estados Unidos. Trump expressou sua preocupação com as perdas de soldados e critica a escalada do conflito.

Além disso, as autoridades ucranianas têm demonstrado resistência em discutir acordos de paz, afirmando que não pode haver negociações enquanto a Rússia não pagar um preço alto o suficiente pela guerra. Mykhailo Podolyak, assessor do presidente Zelensky, afirma que as falas sobre negociações são uma ilusão, dado o atual avanço russo.

O presidente Zelensky, por sua vez, busca posicionar a Ucrânia como um parceiro viável para futuros acordos com Trump, que também demonstrou relutância em continuar o apoio militar sem um retorno claro. Com a perspectiva de um novo governo americano, Zelensky está astutamente sinalizando sua disposição para dialogar, mesmo que os seguintes compromissos, como a adesão à OTAN, permaneçam incógnitas.

Recentemente, Zelensky apresentou seu 'Plano de Vitória', sugerindo que tropas ucranianas poderiam substituir as forças americanas na Europa após a guerra, além de propostas para exploração conjunta de recursos naturais estratégicos. Contudo, as reações a esse plano têm sido cautelosas, com a adesão à OTAN ainda como uma questão polêmica entre aliados.

O chefe do gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, destacou a necessidade de garantias de segurança mais robustas, dada a frustração da Ucrânia com garantias que falharam no passado. Nesse contexto, os aliados europeus estão considerando opções que inclinam a balança a favor da Ucrânia, incluindo a possibilidade de enviar forças de paz.

Enquanto isso, a Rússia faz sua parte, com dificuldades econômicas agudas devido às sanções ocidentais, que se alastram após meses de conflito. Com a previsão de uma desaceleração econômica em 2025, a pressão sobre Putin pode reacender o diálogo, mas a Ucrânia já terá perdido quanto território e quantas vidas até lá?

No centro das discussões, permanece a questão de como a liderança de Trump impactará a dinâmica da guerra e se 2025 poderá se tornar o ano em que finalmente alcançarão uma paz duradoura na turbulenta região. Cada segundo conta nessa corrida contra o tempo.