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Descubra como o Palmeiras consegue investir milhões em contratações!

2024-12-24

Autor: Ana

A impressionante atuação do Palmeiras no mercado de transferências neste final de ano tem gerado muita discussão, principalmente pelo elevado valor das contratações realizadas e dos jogadores que estão na mira do clube. É altamente provável que o Alviverde esteja prestes a registrar o maior gasto em uma única janela de transferências da história do futebol brasileiro.

Mas como isso é possível? O investimento é realmente sustentável? E como os gastos do Palmeiras se comparam aos de seus rivais nas últimas janelas?

Para começar, vejamos os números. O Palmeiras já fechou a contratação de Facundo Torres por impressionantes US$ 12 milhões (cerca de R$ 74 milhões). Além disso, está em negociação para adquirir Paulinho, que pode custar até 18 milhões de euros (aproximadamente R$ 116 milhões). E ainda há o interesse em Andreas Pereira, com um preço estimado de pelo menos 20 milhões de euros (cerca de R$ 128 milhões). Somando apenas essas contratações, os gastos ultrapassam os R$ 300 milhões.

Esse montante supera os investimentos feitos por clubes como Botafogo e Flamengo durante a última janela.

Um fato importante é que a venda de jovens talentos da base, como Endrick, Estêvão, Luís Guilherme e Artur, contribuiu significativamente para essa receita. No entanto, será que esse valor é suficiente para cobrir todas as despesas do clube?

Segundo o balanço de outubro, o Palmeiras apresentou uma receita de R$ 442 milhões proveniente de negociações de jogadores - sem incluir Estêvão neste cálculo. No total, a receita ficou em R$ 1,046 bilhão.

O clube registrou um superávit de R$ 191 milhões no período, e o EBITDA, uma métrica essencial para avaliar a capacidade de geração de caixa, atingiu R$ 361 milhões. Isso significa que o Palmeiras está em uma posição confortável para continuar investindo em contratações.

Vale ressaltar que mesmo com dívidas, a variação na dívida líquida do clube foi mínima, girando entre R$ 400 e 500 milhões. Isso indica que o Palmeiras não carrega um “fardo” financeiro excessivo do passado, ao contrário de muitos clubes brasileiros.

Para 2025, a transferência de Estêvão para o Chelsea está prevista, com um valor bruto garantido de 45 milhões de euros, além de 16 milhões de euros atrelados a metas. O Palmeiras ficará com 70% desse montante, o que garante R$ 203 milhões, podendo chegar a R$ 274 milhões caso todas as metas sejam cumpridas.

Embora o Palmeiras tenha uma alta receita recorrente, o clube ainda precisa aplicar parte dos recursos provenientes de vendas de atletas para cobrir despesas diárias. Contudo, a perspectiva é de aumento nas receitas, principalmente com patrocinadores, cotas de TV e arrecadação com o Allianz Parque.

Com esses ajustes, o clube estima receber cerca de R$ 150 milhões a mais em receitas ordinárias no próximo ano, facilitando ainda mais o equilíbrio entre receitas e despesas. Isso significa que o dinheiro gerado pelas vendas poderá ser reinvestido em novas contratações.

Em suma, os números mostram que o Palmeiras está criando um cenário sólido para investimentos significativos no mercado, mesmo que isso não signifique gastar sem controle. A história recente da diretoria evidencia que o clube tem gerido seus recursos com cautela, evitando os erros comuns de outros clubes que se endividaram em busca de contratações caras.