Descoberta Macabra: Túmulo de 76 Crianças Sacrificadas é Revelado no Peru!
2024-11-05
Autor: Lucas
Cientistas realizaram uma descoberta alarmante em Pampa La Cruz, no Peru: um túmulo com cerca de 700 anos, contendo ossadas de 76 crianças e dois adultos. Todos os restos mortais apresentavam marcas de ferimentos no peito, sugerindo que as vítimas foram sacrificadas.
Localizado próximo à cidade costeira de Trujillo, este sítio arqueológico remonta à época da civilização Chimú, que floresceu entre os séculos 12 e 15, muito antes do domínio dos Incas. Conhecidos por sua rica arte e técnica de tecelagem, os Chimú eram uma sociedade complexa que influenciou a formação cultural do Peru.
De acordo com a revista Live Science, as crianças foram encontradas nuas, mas suas vestimentas estavam enterradas ao lado delas. A descrição dos ferimentos é horripilante: os peitos foram abertos de forma brutal, desde a clavícula até o esterno, o que aparentemente permitia o acesso ao coração das vítimas.
Os cientistas descobriram que, dentro do montículo de 60 metros de largura e 20 de altura onde os corpos estavam enterrados, haviam também itens valiosos, como quadrados de prata e cobre que podiam ter adornado as roupas das crianças, além de brincos e conchas de Spondylus, também conhecidas como "conchas-espinho". O professor Gabriel Prieto, da Universidade da Flórida, comentou que esses adornos eram mais valiosos que o próprio ouro para os Chimú, uma vez que só eram encontrados em áreas ao norte, controladas pela civilização Lambayeque, famosa por sua habilidade metalúrgica.
A investigação sobre a origem dessas crianças sacrificial começou a tomar forma, especialmente após descobertas anteriores em 2022, quando outros corpos de crianças apresentaram modificações cranianas. Os Lambayeque, assim como os Chimú, tinham o hábito de moldar as cabeças das crianças usando tábuas para criar um formato alongado, uma prática que assumia um grau de simbolismo social e cultural relevante.
O estudo dos isótopos e de outros dados biológicos revelou que a dieta das vítimas estava intimamente ligada àquela da região de Lambayeque, levantando novas hipóteses sobre a sua origem. Pesquisadores acreditam que essas crianças podem ter sido capturadas pelos Chimú, levadas para a região para ajudar na construção de complexos sistemas de irrigação. Essa prática estava alinhada com a expansão agrícola da civilização Chimú, que necessitava de inovações para cultivar em terras áridas.
Uma vez que os canais de irrigação foram finalizados, o sacrifício das crianças pode ter sido uma forma de agradecimento às divindades por favorecer a fertilidade do solo. Prieto menciona que, na cosmologia andina, os mortos são honrados e considerados ancestrais que legitimam e sustentam os direitos sobre a terra.
Essa descoberta macabra não só revela os rituais sombrios de sacrifício, mas também joga luz sobre as complexidades sociais, culturais e econômicas que moldaram as antigas civilizações andinas.