Um jovem americano de 24 anos, com ascendência ucraniana, foi preso após invadir ilegalmente a Ilha Sentinela do Norte, no arquipélago de Andaman e Nicobar, na Índia. Esse local é famoso por ser habitado pelos Sentineleses, uma das tribos mais isoladas do planeta, que evitam o contato com o exterior para preservar sua cultura e saúde.

O indivíduo, identificado como Mykhailo Viktorovych Polyakov, chegou à ilha no dia 26 de março, utilizando um barco improvisado para cobrir aproximadamente 40 quilômetros. Durante sua presença na ilha, ele deixou oferendas, incluindo uma lata de refrigerante e cocos, antes de ser capturado pelas autoridades indiana em 31 de março.

O governo indiano impõe rígidas restrições ao acesso à Ilha Sentinela com o objetivo de proteger a tribo de doenças e evitar interferências culturais que poderiam ser prejudiciais. Historicamente, os Sentineleses mostraram-se hostis a visitantes, e houve casos de violência, como o trágico assassinato do missionário John Allen Chau, em 2018, que tentava evangelizar a tribo.

"Estamos investigando as razões que levaram o indivíduo a desrespeitar as leis e entrar na área protegida", declarou HS Dhaliwal, diretor de polícia, em entrevista à imprensa local. As investigações incluem o exame dos locais visitados por Polyakov e entrevistas com os funcionários do hotel onde ele estava hospedado em Port Blair.

Até o momento, não existem evidências de que o americano tenha tido qualquer contato direto com os membros da tribo, e não se sabe se os Sentineleses interagiram com os objetos que ele deixou. Essa situação ressalta não apenas a fragilidade das culturas indígenas, mas também a necessidade de respeitar os limites e direitos dessas comunidades isoladas. A atitude imprudente de Polyakov levanta questões sobre a curiosidade turística e os riscos envolvidos na exploração de povos que desejam permanecer em isolamento.