Nação

Desabafo de pai de menino estuprado: ‘Estado gravíssimo’

2024-09-26

Um pai angustiado falou sobre a situação de seu filho de apenas 11 anos, que possui microcefalia e foi vítima de um ataque brutal por dois colegas de classe, de 11 e 12 anos. Os terríveis incidentes ocorreram no dia 13 de setembro, mas a família só tomou conhecimento do ocorrido três dias depois, quando o menino teve coragem de contar para sua mãe. As declarações dos suspeitos foram confirmadas à Polícia Militar, onde eles confessaram o ato hediondo.

O pai da vítima, em um desabafo sincero, expressou a dor que a família vem enfrentando desde que o crime se tornou público: 'Estamos todos muito abalados. Meu filho, que deveria estar brincando e estudando, está lidando com um trauma inimaginável. A mãe dele, é claro, está sofrendo ainda mais.'

Além do apoio psicológico que o menino está recebendo, a família se mostrou insatisfeita com a resposta da escola em relação ao incidente. Inicialmente, a instituição alegou que não poderia intervir de forma adequada e que a situação deveria ser encaminhada ao Conselho Tutelar. 'A escola parece ignorar o nosso sofrimento. Os agressores ainda estão lá, e o que deveria ser um ambiente seguro para meu irmão se tornou um terreno de medo', lamentou a irmã da vítima.

Indignação tomou conta dos pais de outros alunos, que programaram uma manifestação para esta sexta-feira, marcada para começar às 10h30, em frente à escola Municipal Eloy Heraldo Lima, onde ocorreu o ataque. Os pais reivindicam ações mais efetivas para garantir a segurança e um ambiente escolar saudável para todas as crianças.

Em busca de respostas, a reportagem contatou a Prefeitura de Belo Horizonte e a Polícia Civil de Minas Gerais, mas até o momento não houve retorno sobre quais medidas estão sendo adotadas para esclarecer o caso.

De acordo com o relato do menino, os ataques foram perpetrados logo após o recreio, no banheiro da escola. Ele contou que foi trancado e agredido pelos colegas antes de ser estuprado. A violência foi tão intensa que ele chegou a desmaiar após o assédio.

Após o incidente, o garoto foi levado a um posto de saúde e, posteriormente, ao Hospital Júlia Kubitschek, onde passou por uma série de exames e avaliação médica. O trauma emocional e psicológico dessa experiência pode levar meses, senão anos, para ser superado, e a comunidade agora se questiona: o que pode ser feito para prevenir que situações como essa se repitam?

A triste realidade é que apenas uma ação coletiva da sociedade pode garantir a proteção das crianças e do direito a um ambiente escolar seguro. Será que ouviremos mais sobre este caso alarmante e suas consequências para a escola, os alunos e as autoridades?