O episódio da cadeirada desferida por José Luiz Datena em Pablo Marçal durante um debate na TV Cultura, que ocorreu no dia 15 de outubro, desencadeou uma ação judicial por danos morais contra o apresentador. O candidato do PSDB está exigindo R$ 100 mil na Justiça após ser agredido em plena transmissão ao vivo. As informações são da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.

A confusão teve início no quarto bloco do debate. Antes da agressão, Datena e Marçal travaram uma discussão acalorada. "O que você fez comigo hoje foi terrível. Você me pediu perdão anteontem, eu te perdoei, mas agora não perdoo mais", declarou Datena, visivelmente irritado.

Marçal então chamou Datena de 'arregão' e desafiou: "Você atravessou o debate esses dias para me dar um tapa e disse que queria ter feito isso. Você não tem coragem nem para fazer isso". Neste momento, Datena deixou seu púlpito e, em uma cena inesperada, utilizou uma cadeira como arma, acertando Marçal, o que levou a transmissão a ser interrompida por causa da violência.

De acordo com a coluna, a petição judicial foi protocolada no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) na quinta-feira, 26. Paulo Hamilton Siqueira Junior, advogado de Marçal, afirmou que a ação de Datena foi premeditada, resultando em "efeitos devastadores" nas esferas física, psicológica e moral sobre o candidato do PRTB, juntamente com "constrangimento e humilhação pública".

Após o incidente, Marçal afirmou ter sofrido uma fratura no sexto arco costal e uma lesão no punho direito. Ele também relatou que sua imagem pública foi "severamente afetada" devido à agressão.

Na ação judicial, Datena é acusado de "usar força bruta para silenciar um adversário político" e de infringir o processo democrático, colocando em risco a integridade do debate e a segurança dos demais candidatos, bem como o direito dos eleitores a assistirem a discussões pautadas pelo respeito mútuo.

Este não é o primeiro conflito legal entre Marçal e Datena. O candidato do PRTB já havia apresentado uma notícia-crime pedindo a investigação e punição de Datena por injúria, embora tenha decidido não solicitar a cassação do registro de candidatura do apresentador após verificar que a agressão física não configurava infração eleitoral.

Por outro lado, Datena não ficou quieto e moveu oito ações contra Marçal, alegando "agressões à honra e acusações verbais" durante o mesmo debate. O advogado de Datena, Eduardo Leite, defendeu que a ação com a cadeira foi um "gesto de legítima defesa", o que será argumentado nos processos. Além disso, é esperado que novos processos por danos morais sejam ajuizados contra Marçal.

Esse incidente desafia a ética no ambiente político brasileiro e levanta questões sobre a segurança em debates públicos. O clima tenso entre os candidatos se reflete na crescente polarização da política nacional, onde episódios de agressões verbais e físicas tornaram-se cada vez mais comuns. Fique atento, pois essa história ainda promete muitas reviravoltas!