Os números alarmantes da dengue em 2024 superam em muito as estatísticas da Covid-19, que vêm apresentando um declínio desde 2022. No último ano, o Brasil registrou um total de 14.785 óbitos por Covid-19, uma queda impressionante de 60% em comparação com anos anteriores, conforme dados do Ministério da Saúde.

Entretanto, a dengue se tornou uma preocupação crescente, com um aumento vertiginoso de 400% nas mortes relacionadas à doença no mesmo período. Especialistas apontam que esse crescimento pode estar ligado a fatores climáticos e mudanças ambientais. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, mencionou em sua visita ao Brasil que a elevação das temperaturas globais está favorecendo a expansão do vetor da dengue no país e em outras partes do mundo.

Além da mudança climática, a temporada de verão representa um agravante, com chuvas intensas favorecendo a formação de criadouros para o mosquito Aedes aegypti. A combinação de água parada e calor extremo cria um ambiente perfeito para a reprodução do mosquito, gerando milhares de novos insetos e, consequentemente, um aumento nos casos da doença.

Como se proteger da dengue?

No Sistema Único de Saúde (SUS), apenas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos podem receber a vacina contra dengue gratuitamente. O imunizante disponível é o Qdenga, desenvolvido pela farmacêutica Takeda. Para quem busca opções na rede privada, existem duas vacinas aprovadas pela Anvisa: uma da Sanofi e outra da Takeda. A vacina da Sanofi é recomendada para quem já teve dengue e é oferecida em três doses, enquanto a vacina da Takeda, com apenas duas doses, é indicada para uma faixa etária mais ampla, de 4 a 60 anos, independentemente do histórico da doença.

Os preços das vacinas podem variar, custando entre R$ 350 e R$ 490 por dose, com um esquema vacinal completo (duas doses) que pode custar entre R$ 700 e R$ 980. Além da vacinação, estratégias de prevenção incluem o uso de repelentes, uso de roupas de proteção e a eliminação de locais com água parada, como pneus, vasos de plantas e reservatórios abertos.

Como se proteger da Covid-19?

Para a Covid-19, a principal recomendação é manter o esquema vacinal em dia. No momento, não há indicação para novas doses de reforço para a maioria da população vacinada nas campanhas anteriores. Contudo, grupos prioritários, como idosos acima de 60 anos, crianças menores de cinco anos e gestantes, devem receber vacinas conforme recomendações específicas do Ministério da Saúde.

Informações atualizadas sobre a vacinação e a situação da dengue e Covid-19 são essenciais para a população. Entender os riscos e as formas de prevenção pode ajudar a salvar vidas e conter o avanço dessas doenças no Brasil. A situação preocupa especialistas e a sociedade, sendo necessário um esforço coletivo para enfrentar esse desafio de saúde pública e evitar crises sanitárias futuras.